Homem católico do RJ fugiu do condomínio após ameaças de intolerância religiosa.
Em uma região da Zona Norte do Rio de Janeiro, um escultor encontrou pichações com ofensas homofóbicas e de intolerância religiosa na porta de seu apartamento em setembro. Este tipo de intolerância não pode ser aceito em nossa sociedade.
Em sua entrevista ao ‘RJTV’, da TV Globo, João Júnior contou sobre como o desconforto e o medo que sentiu ao encontrar as mensagens em sua porta. As pichações continham ameaças diretas, como ‘Bruxo, filho do diabo, servo de Satanás’. Estas palavras podem causar danos irreversíveis. Além disso, a discriminação e o preconceito têm desempenhado um papel importante em muitos conflitos ao longo da história. A intolerância de que ele foi vítima é um exemplo claro de como esses problemas ainda persistem na sociedade.
Intolerância: um lembrete de respeito e compreensão
Em 21 de maio de 2016, João, um escultor de 34 anos do Rio de Janeiro, encontrou uma mensagem chocante ao lado de sua porta de casa: ‘Pegue suas imagens e suma do nosso condomínio. Ou vamos invadir e quebrar tudo. Depois, queimar em nome de Jesus. Viado dos infernos’. Essas palavras, cheias de ódio e intolerância religiosa, deixaram João devastado e seu futuro incerto.
Um trabalho de arte que gera intolerância
João, que havia adquirido o apartamento apenas quatro meses antes com o objetivo de morar sozinho, acredita que seu trabalho com esculturas religiosas usadas em cultos de matriz africana e símbolos da Igreja Católica foi o principal motivo do ataque. Essas obras, frequentemente transportadas do interior da residência até o estacionamento do prédio para entrega aos clientes, tornavam sua prática religiosa visível para outros moradores do condomínio. O ataque causou um profundo impacto psicológico em João, limitando suas atividades diárias e alterando sua sensação de segurança no lar.
Um medo que invade e se consume
Para João, o evento foi ‘aterrrador’, e o medo que se instalou em seu coração foi ‘consumindo’ com o tempo. Ele compartilhou que ficou alguns dias dormindo na casa de sua irmã até que sua cabeça ‘entender’ o que estava realmente acontecendo. Esse medo se tornou um obstáculo para suas aspirações e objetivos, fazendo com que ele se sentisse limitado em suas possibilidades.
Um chamado à ação para combater a intolerância
Em resposta ao incidente, o condomínio, que na época do vandalismo estava com as câmeras desligadas devido a uma queda de energia, afirmou estar tomando medidas para fortalecer a segurança, incluindo a instalação de mais câmeras e a realização de campanhas de conscientização sobre a importância do respeito às garantias individuais. No entanto, João não tem certeza se continuará no imóvel, devido ao impacto psicológico da intolerância e do vandalismo.
Um futuro incerto e uma necessidade de mudança
João lamentou que o medo o tenha limitado em saber até onde ele poderia ir e que planejar um futuro se tornou um pesadelo. Isso levanta uma questão importante sobre a necessidade de mudança e a importância de combater a intolerância, a discriminação e o preconceito em todas as suas formas, garantindo assim um ambiente de respeito e compreensão para todos, como João.
Fonte: @ Hugo Gloss
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