Ministério da Saúde prioriza doses próximas ao vencimento para imunização contra Dengue em 154 municípios em epidemia; remanejamento garantido em unidades federadas.
Em decorrência da crescente preocupação com a propagação da dengue, o Ministério da Saúde decidiu ampliar a distribuição da tão aguardada vacina contra a dengue para mais de 150 municípios. Com a inclusão de 154 localidades na lista de contemplados, a expectativa é alcançar uma parcela significativa da população que se encontra na faixa etária de 10 a 14 anos.
O imunizante contra a dengue tem se mostrado uma ferramenta fundamental no combate a essa grave doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Com a distribuição mais abrangente das doses, o objetivo é fortalecer a proteção e diminuir os casos de dengue nesse grupo etário, contribuindo para a redução do impacto causado pela doença. A prevenção é sempre a melhor opção quando se trata de saúde pública.
Vacina contra a dengue: redistribuição de doses para 154 municípios
Entre as capitais, São Paulo e Recife foram contempladas e a previsão é de que as doses comecem a ser aplicadas na próxima semana. O remanejamento também considera o fato de que doses da Vacina Dengue, doadas pela farmacêutica Takeda, estão perto do vencimento. Segundo balanço do Ministério da Saúde, são 668 mil com validade prevista para 30 de abril, 523 mil para junho e 84 mil em julho.
‘Não podemos deixar essas doses vencerem. Diante disso, o ministério trouxe uma solução: redistribuir, dentro das unidades federadas, ou seja, dentro dos estados, para municípios que ainda não foram contemplados’, disse, em coletiva, Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização (DPNI).
Por determinação da pasta, a redistribuição ocorrerá para municípios de estados que já receberam o imunizante. O Mato Grosso do Sul não vai fazer parte da estratégia, porque todos os municípios já foram contemplados, mas as doses que sobrarem no estado e no Distrito Federal serão remanejadas para o Amapá.
Vacinação contra a dengue: cenário da epidemia da doença
A cidade de São Paulo, uma das contempladas, decretou emergência por epidemia da doença no último dia 18 e, na ocasião, a prefeitura informou que enviaria o quarto ofício ao governo federal solicitando doses para a capital paulista.
Alguns dos selecionados para receber Vacina Dengue são: São Paulo – SP, Recife – PE, Central – ES, Betim – MG, Uberaba – MG, Uberlândia/Araguari – MG, Apucarana – PR, Grande Florianópolis – SC, Aquífero Guarani – SP, Região Metropolitana de Campinas – SP e São José do Rio Preto – SP. A grave situação enfrentada com a epidemia torna urgente a imunização.
O país enfrenta uma forte alta de casos de dengue desde as primeiras semanas de 2024 e o número de casos no Brasil já ultrapassou os registros de todo o ano de 2023, quando foram contabilizados 1.658.816 casos e 1.094 mortes pela doença.
Ampulheta contra a dengue: o momento é de urgência na vacinação
Este ano, foram registrados 2.323.150 casos da doença e 831 mortes. Outros 1.269 óbitos estão em investigação. O número de notificações até o momento é o maior dos últimos dez anos. No início de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou a estimativa de que o número de casos de dengue no país pode chegar a 4,2 milhões em 2024, índice que seria um recorde.
O imunizante Vacina Dengue, da farmacêutica japonesa Takeda, foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) meses antes, em março. A recomendação da OMS é de vital importância para conter a propagação da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Reações adversas da vacina contra a dengue: um alerta em meio à imunização
O Ministério da Saúde apresentou esclarecimentos sobre uma nota técnica com dados sobre eventos adversos relacionados à vacina contra dengue, a Qdenga, incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e aplicada no público de 10 a 14 anos. É essencial estar ciente de possíveis reações, como hipersensibilidade e anafilaxia, para garantir a segurança da vacinação no país.
Entre as 365 mil doses aplicadas das redes pública e privada, foram relatadas 529 notificações, das quais 70 foram reações alérgicas. Os casos são considerados raros e especialistas recomendam que os pais continuem levando filhos a postos de vacinação para protegê-los contra infecção causada pelo mosquito Aedes aegypti.
Fonte: @ Veja Abril
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