Medida válida para canais oficiais do Conselho Nacional de Combate, envolvendo serviços especiais, dados pessoais e segurança nacional.
A Ucrânia tomou uma medida drástica para proteger a segurança nacional, proibindo o uso do Telegram em dispositivos oficiais utilizados por autoridades do Estado, militares e trabalhadores essenciais. A decisão foi motivada pela preocupação de que a Rússia, um país inimigo, possa interceptar e espionar as mensagens instantâneas trocadas por meio da plataforma.
A proibição do Telegram em dispositivos oficiais é uma medida preventiva para evitar que informações sensíveis sejam comprometidas. Além disso, as autoridades ucranianas estão preocupadas com a possibilidade de que a Rússia use o aplicativo de mensagens para coletar dados sobre os usuários e suas atividades. A segurança nacional é prioridade e a Ucrânia está tomando medidas para proteger seus cidadãos e suas instituições. A privacidade é um direito fundamental que deve ser respeitado e protegido em todos os momentos.
Restrições ao Telegram na Ucrânia
O Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia anunciou recentemente restrições ao uso do aplicativo de mensagens instantâneas Telegram em dispositivos oficiais, após evidências apresentadas pelo chefe da agência de inteligência militar GUR, Kyrylo Budanov, sobre a capacidade dos serviços especiais russos de espionar a plataforma. Essa medida foi tomada em um comunicado oficial, no qual Budanov destacou a importância da segurança nacional em relação ao uso do Telegram.
No entanto, Andriy Kovalenko, chefe do centro de combate à desinformação do conselho de segurança, esclareceu no Telegram que as restrições se aplicam apenas a dispositivos oficiais e não a telefones pessoais. O Telegram é amplamente utilizado tanto na Ucrânia quanto na Rússia e se tornou uma fonte importante de informações desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Preocupações sobre a segurança do Telegram
As autoridades de segurança ucranianas expressaram preocupações sobre o uso do Telegram durante a guerra, devido à sua capacidade de espionagem. A plataforma, fundada por Pavel Durov, um russo que deixou o país em 2014, tem sido uma ferramenta importante para a comunicação e a disseminação de informações. No entanto, as autoridades ucranianas temem que os serviços especiais russos possam acessar as mensagens do Telegram, inclusive as excluídas, e os dados pessoais dos usuários.
Budanov enfatizou que a questão do Telegram não é uma questão de liberdade de expressão, mas sim de segurança nacional. Ele destacou que a plataforma pode ser usada para espionagem e que é importante tomar medidas para proteger a segurança do país. De acordo com o banco de dados Telemetrio, cerca de 33 mil canais do Telegram estão ativos na Ucrânia, e muitos deles são usados por autoridades e líderes políticos para se comunicar com o público.
Uso do Telegram na Ucrânia
O presidente Volodymyr Zelenskiy, que faz parte do conselho de segurança, comandantes militares e autoridades regionais e municipais publicam regularmente atualizações sobre a guerra e relatam decisões importantes em seus canais do Telegram. A imprensa ucraniana estimou que 75% dos ucranianos usam o aplicativo para comunicação e apontou que 72% o consideram uma fonte importante de informações. No entanto, as restrições ao uso do Telegram em dispositivos oficiais podem afetar a forma como as autoridades se comunicam com o público.
Fonte: @ Agencia Brasil
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