Narayana Murthy dizia trabalhar 14 horas por dia, seis dias, na tecnologia de informação da Índia, e afirmou que saúde mental prejudica a produtividade e a jornada de trabalho duro.
No contexto brasileiro, a discussão sobre o trabalho e o seu impacto na vida pessoal é um tema recorrente. Muitas pessoas se perguntam se o modelo de trabalho apresentado por Narayana Murthy é eficaz ou se é apenas uma visão extremada.
Para entender melhor como o trabalho afeta a produtividade, é preciso analisar como as pessoas organizam suas horas em uma semana. Enquanto alguns acreditam que a produtividade aumenta com o trabalho extensivo, outros defendem que o trabalho equilibrado é fundamental para manter a saúde mental e física. A verdade é que o trabalho extensivo pode ter consequências negativas, como o esgotamento profissional e a perda de tempo para atividades pessoais.
Produtividade em foco: Murthy defende longas horas de trabalho
Em entrevista recente à CNBC-TV18, o visionário N R Narayana Murthy defendeu a necessidade de dedicação extrema para impulsionar a produtividade da Índia, classificada como uma das mais baixas do mundo. Para ele, essa abordagem seria fundamental para capacitar o país a competir no cenário global. Ele recordou sua própria jornada, destacando ter trabalhado 14 horas por dia, seis dias e meio por semana, totalizando 91 horas semanais no auge de sua carreira. Murthy argumentou que a transição para uma semana de trabalho de cinco dias, implantada em 1986, foi decepcionante. Ele enfatizou que, no contexto indiano, o trabalho duro é essencial, pois não há substitutos para o esforço, mesmo para as pessoas mais talentosas.
Essas declarações repercutiram intensamente e geraram reações negativas, principalmente nas redes sociais, onde muitas pessoas criticaram a falta de consideração com as condições de trabalho enfrentadas pela maioria dos indianos. Comentários destacaram que longas jornadas de trabalho já são uma realidade para muitos, especialmente em empregos com baixas remunerações, e que o foco excessivo no trabalho ignora os impactos negativos na saúde física e mental. Alguns argumentaram que, no fim das contas, as pessoas são humanas e não máquinas, e que o trabalho excessivo pode levar a sacrifícios na vida pessoal e saúde mental.
Apesar das críticas, alguns líderes empresariais apoiaram as observações de Murthy, sustentando que a produtividade é um fator crucial para o crescimento econômico. A esposa de Murthy, Sudha Murty, também defendeu seu marido, alegando que ele sempre viveu segundo os valores que prega e que sempre acreditou no trabalho duro. Ela adotou uma abordagem mais equilibrada, enfatizando que o trabalho é importante, mas não deve ser feito às custas da saúde mental.
Fonte: @ PEGN
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