Painel de Arboviroses mostra recorde histórico de mortes no país; Coeficiente de incidência preocupa a OMS devido à proliferação do Aedes Aegypti em criadouros.
A dengue continua sendo um grave problema de saúde pública no Brasil, com milhões de casos prováveis sendo registrados apenas nos primeiros meses do ano. O combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é fundamental para mitigar a propagação da doença.
Além da dengue, é importante lembrar da importância da prevenção de outras doenças transmitidas pelo mesmo vetor, como a febre amarela, chikungunya e zika. A conscientização da população e medidas eficazes de controle são essenciais para reduzir a incidência dessas arboviroses.
Recorde histórico de casos de Dengue no Brasil
Foram confirmadas ainda 682 mortes em decorrência da doença e mais de mil seguem em investigação.Ainda de acordo com o painel de Arboviroses, o coeficiente de incidência da doença em 2024 é de 990.3 a cada 100 mil habitantes.
Trata-se de um número impressionante quando se compara com a base estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir uma situação de epidemia, que é de 300 casos a cada 100 mil habitantes. Na segunda-feira, 18, o País já havia ultrapassado o maior número de casos de Dengue registrados na sua história, com 1.899.206 casos prováveis da doença.
Até então, o recorde histórico era do ano de 2015, quando foram registrados 1.688.688 casos da doença. Brasil chega a 2 milhães de casos de Dengue em 2024. Vale destacar que os números registrados pelo Ministério da Saúde costumam levar um tempo para corresponderem à realidade.
Medidas para combater o mosquito transmissor da Dengue
Por isso, a tendência é que o número atual, atualizado por volta das 16h da quinta-feira, 21, siga subindo. Motivos por trás da escalada da Dengue. Especialistas relacionam esse cenário a falhas no controle da disseminação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença.
A principal medida para esse fim, de acordo com o Ministério da Saúde, é a identificação e eliminação de criadouros do mosquito, que, na maioria das vezes, estão dentro das residências. A pasta aponta ainda outras estratégias, como o uso de repelentes e inseticidas. O El Niño e as mudanças climáticas também agravaram o cenário, de acordo com a pasta.
Impacto das mudanças climáticas na propagação da Dengue
Esses fenômenos elevaram as temperaturas e aumentaram o volume das chuvas, o que pode ter favorecido a reprodução do Aedes Aegypti. Vale destacar também que novo estudo da Fiocruz, publicado na revista científica Nature, aponta para uma tendência de interiorização da Dengue nas cidades brasileiras. Tradicionalmente, os casos de Dengue eram mais frequentes no litoral do País, mas, devido à urbanização e às altas temperaturas, esse cenário têm mudado. Leia também Por que algumas pessoas evoluem para a Dengue grave e outras, não? Pesquisadora dos EUA responde.
De borra de café a citronela: o que é mito e o que funciona no combate à Dengue. Dengue: Vacinas que não foram usadas serão redistribuídas, anuncia Ministério da Saúde. Encontrou algum erro? Entre em contato. Compartilhe: Tudo Sobre DengueAedes AegyptiComentários. Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão. Já sou Assinante
Fonte: @ Estadão
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