Cesta Básica: Índice – INPCA; Preços: BC, Copom, Fed, Diretório Fed, Presidentes Dallas e Chicago, Juros, Taxa Básica, Eventos, Vice-Presidente Supervisão Fed – Nacional. Reunições e órgãos monetários.
Uma semana movimentada repleta de decisões cruciais chega ao fim com um indicador de extrema relevância. A taxa de inflação de abril será divulgada às 9h por aqui e pode influenciar as próximas medidas do Copom, que permanecem em aberto desde a última reunião. No cenário internacional, novas declarações de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) agitam a sexta-feira (10).
No segundo parágrafo, é importante ficar atento aos possíveis impactos nos preços, juros e taxas diante desse cenário de divulgação da inflação. A economia global e o mercado financeiro podem reagir de forma sensível a essas informações, refletindo diretamente no ambiente de trabalho e nas estratégias de investimento a serem adotadas.
Inflação em destaque na agenda econômica
Na agenda local, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a abril. De acordo com a mediana das projeções de 40 instituições financeiras e consultorias consultadas pelo Valor Data, a expectativa é de que o índice tenha registrado um aumento de 0,35% no mês passado, retomando a aceleração. Em março, a variação foi de 0,16%. As estimativas variam entre 0,21% e 0,40%.
O IPCA ganha ainda mais relevância após a mudança de postura do Banco Central. A autoridade monetária vinha manifestando preocupação com a robustez de alguns indicadores da economia brasileira, em especial do mercado de trabalho, que poderiam resultar em pressões inflacionárias adicionais. Diante desse cenário, a redução do ritmo de cortes da Selic poderia se concretizar. E foi exatamente o que ocorreu na última reunião do Copom, realizada na quarta-feira (8).
O Banco Central diminuiu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, em contraste com os cortes de 0,5 ponto percentual que vinham sendo implementados desde agosto do ano passado. Agora, os investidores aguardam não apenas dados sobre a inflação, mas também sobre a situação econômica do Brasil para tentar antecipar as próximas ações do BC.
Nos Estados Unidos, o foco também está nas perspectivas para as taxas de juros. As declarações dos chamados ‘Fed boys’, termo utilizado para se referir aos dirigentes do Federal Reserve, têm atraído bastante atenção. Hoje, a membro da diretoria do Federal Reserve, Michelle Bowman, participa de um evento às 10h (horário de Brasília). Em seguida, às 11h, haverá pronunciamentos da presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan.
Mais tarde, às 13h45, é a vez de Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, se pronunciar. Por fim, o vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve, Michael S. Barr, participa de um evento às 14h30. No início da semana, alguns dirigentes do Fed descartaram a necessidade de elevar as taxas de juros nos EUA, o que gerou certa dose de otimismo.
Posteriormente, o presidente do Federal Reserve de Mineápolis, Neel Kashkari, expressou preocupação com a possibilidade de que as taxas de juros nos EUA não estejam suficientemente elevadas para garantir que a inflação atinja a meta de 2%, o que gerou cautela. Ontem, o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA atingiu o nível mais alto em nove meses, indicando um arrefecimento do mercado de trabalho e, consequentemente, uma possível redução das pressões inflacionárias.
Portanto, as declarações de hoje devem ser acompanhadas com atenção, pois refletem a dinâmica complexa entre inflação, preços, juros e as decisões dos bancos centrais no Brasil e nos Estados Unidos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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