“Governo federal questiona saques-aniversário de 40% de FGTS, considerando ameaça a R$262bilhões em garantia. Parcela privada, não consignada, não facilitando empréstimo.” (149 caracteres)
Desde 2020, o saque-aniversário do FGTS tem sido amplamente reconhecido pelos cidadãos do Brasil: 88% dos entrevistados estão cientes desse recurso, que possibilita ao empregado sacar anualmente, no mês do seu aniversário, uma parte específica do seu fundo de garantia.
O Fundo de Garantia de Tempo de Serviço é um direito do trabalhador brasileiro, e o saque-aniversário do FGTS oferece uma oportunidade adicional de acesso a esses recursos, proporcionando mais flexibilidade financeira aos beneficiários. Além disso, a possibilidade de retirar uma parcela anualmente pode auxiliar na realização de projetos pessoais e no equilíbrio das finanças.
O Futuro do Saque-Aniversário do FGTS
Desde que o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço introduziu a modalidade do saque-aniversário, a discussão sobre seu futuro tem se intensificado. Os brasileiros estão divididos, como revelou a pesquisa Radar Febraban. Com 45% a favor e 45% contrários ao retorno ao regime anterior, em que o FGTS só poderia ser acessado em situações específicas, como demissão, compra de casa própria e doenças graves.
O atual governo federal considera o saque-aniversário uma ameaça à sustentabilidade do FGTS. Estima-se que 66% dos trabalhadores com contas ativas no FGTS possuem saldo de até quatro salários mínimos, ou R$ 5.648,00. Quase metade deles optou pelo saque-aniversário. Até 2030, essa modalidade de saque vai consumir R$ 262 bilhões, um valor que poderia financiar 1,3 milhão de moradias, uma das funções do FGTS.
Diante desse cenário, o governo planeja substituir o saque-aniversário por um empréstimo consignado ao trabalhador por meio do E-Social. Essa mudança não é vista com bons olhos pelas instituições financeiras, que oferecem crédito via antecipação do saque-aniversário. Associações do setor acreditam que facilitar o consignado privado deve ser complementar, não substituto, ao saque-aniversário.
A opinião dos entrevistados reflete a importância do saque-aniversário para o trabalhador brasileiro, com 63% considerando-o ótimo ou bom. Enquanto a discussão continua, é essencial que o trabalhador entenda as vantagens e desvantagens tanto do saque tradicional quanto do saque-aniversário.
A Caixa Econômica Federal explica que o valor do saque anual nessa modalidade é determinado por uma alíquota que varia de 5% a 50% sobre a soma de todos os saldos das contas do FGTS do trabalhador. Por exemplo, um trabalhador com R$ 1 mil no FGTS pode receber R$ 400,00 (alíquota de 40%) mais R$ 50,00 (parcela adicional), totalizando R$ 450,00.
A pesquisa da Febraban revela que 27% dos entrevistados já utilizaram o saque-aniversário, enquanto 11% pretendem fazê-lo. No entanto, 25% da população não têm interesse nessa modalidade. Para decidir se deve migrar para o saque-aniversário, especialistas recomendam considerar fatores comportamentais, reservas de emergência e perfil de investidor.
Em última análise, a decisão de migrar para o saque-aniversário deve ser baseada na avaliação de como o dinheiro será melhor utilizado. Os cotistas do FGTS podem se beneficiar mais ao sacar o dinheiro e investir em opções mais rentáveis. A discussão sobre o futuro do saque-aniversário do FGTS continua, e é importante que os trabalhadores estejam preparados para as possíveis mudanças.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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