Com veranico em maio, El Niño régime aquaquedas urbanas favorecem acesso de Aedes a água para proliferação em locais de foco, aumentando mosquitos. (148 caracteres)
Apesar de não ser, a princípio, uma época propícia para o aumento dos casos de dengue devido às temperaturas mais baixas, a preocupação com a doença é mais uma das questões enfrentadas pelas autoridades de saúde devido às chuvas intensas e alagamentos que têm ocorrido no Rio Grande do Sul.
Além disso, os enchassamentos causados pelas fortes chuvas têm impactado diretamente a rotina da população, exigindo ações rápidas e eficazes das autoridades locais para minimizar os danos e garantir a segurança de todos. A situação se agrava com a possibilidade de mais enchentes nos próximos dias, aumentando a preocupação e a necessidade de medidas preventivas.
Impacto dos Alagamentos na Proliferação de Mosquitos
Os casos de alagamentos costumam ocorrer no verânico, mas, de acordo com o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Cristóvão Barcelos, também podem surgir em maio, durante o período de elevação das temperaturas. No Rio Grande do Sul, é conhecido o verânico de maio, um momento de calor intenso após a baixa temperatura de abril, especialmente em anos de regime de El Niño. Esse fenômeno climático é comum na região sul do Brasil e pode contribuir para a ocorrência de enchentes e alagamentos.
Além disso, a infraestrutura urbana local pode ser severamente afetada pelos alagamentos, resultando em interrupções nos serviços e no abastecimento de água. Em meio a essa situação de calamidade, há o risco de novas ondas de calor, o que poderia desencadear um aumento nos casos de dengue. O pesquisador alerta que, no Rio Grande do Sul, a situação é ainda mais preocupante devido aos danos causados à infraestrutura do estado.
Barcelos ressalta que, em um cenário de alagamentos, a água parada proveniente das enchentes pode se tornar um ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Os ovos desse mosquito possuem alta resistência ao frio e, ao entrarem em contato com água parada e mais quente, podem eclodir e se desenvolver, aumentando o risco de surtos da doença.
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul alerta que, nos últimos anos, casos de dengue têm sido registrados durante todo o inverno, mesmo nas semanas mais frias. Mesmo sendo um período de baixa transmissão em comparação ao verão, é fundamental manter a vigilância, pois muitos municípios apresentam acúmulo de entulhos que podem se tornar criadouros do mosquito.
Barcelos destaca que o Aedes aegypti não se reproduz apenas em águas limpas, podendo encontrar condições favoráveis de reprodução na água parada dos alagamentos. Portanto, é essencial adotar medidas de prevenção e controle, especialmente em momentos de crise como os provocados pelos alagamentos, para evitar a propagação da dengue e proteger a saúde da população.
Fonte: @ Agencia Brasil
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