Alto valor de locação na região da Faria Lima preocupa fundos focados em imóveis. Qual nicho do mercado financeiro apostar?
As lajes corporativas, espaços amplos e modernos destinados a empresas, têm sido o centro das atenções nos fundos imobiliários (FII). A busca por imóveis de alto padrão tem impulsionado o mercado, mesmo diante de um cenário desafiador.
Em meio às oscilações do mercado, os investidores têm encontrado nas lajes corporativas uma opção atraente para diversificar suas carteiras de investimento em fundos imobiliários. A demanda por imóveis de alto padrão reflete a busca por qualidade e valorização a longo prazo.
Lajes Corporativas: Um Panorama do Mercado de Imóveis de Alto Padrão
No universo das lajes corporativas, o valor de locação é um aspecto crucial, podendo alcançar até R$ 300 o metro quadrado, como visto em prédios na avenida Faria Lima, conhecida por sediar grandes empresas do mercado financeiro em São Paulo. O setor financeiro desempenha um papel fundamental na ocupação desses escritórios de alto padrão, sendo o principal responsável por devolver lajes no início da pandemia e agora retomando sua ocupação.
Giancarlo Nicastro, diretor-presidente da SiiLA, destaca a importância da volta do setor financeiro para o segmento de lajes corporativas, indicando uma possível retomada que também pode beneficiar empresas dos setores imobiliário e de tecnologia. Esses setores, apesar de apresentarem altas taxas de vacância, estão caminhando para níveis de ocupação semelhantes aos de 2019.
A região da Faria Lima, que compreende parte do distrito corporativo central de São Paulo, é um ponto de destaque, com imóveis de alto padrão transacionando a valores significativamente superiores aos de áreas próximas. Enquanto na Faria Lima o valor de locação pode chegar a R$ 300 o metro quadrado, em regiões equiparáveis da CBD os valores variam entre R$ 100 e R$ 200 o metro quadrado, indicando um potencial de valorização expressivo na região.
Apesar dos preços médios mais baixos na CBD como um todo, a demanda por locação de lajes corporativas permanece aquecida, com uma tendência de valorização. No entanto, muitos fundos imobiliários que possuem esses ativos enfrentaram desafios no último ano, devido a uma abordagem simplista na escolha dos imóveis para suas carteiras.
Martín Jaco, sócio-fundador da gestora BGR, aponta que a visão míope do mercado, focada apenas na locação do imóvel, pode levar a resultados insatisfatórios nos FIIs do segmento de lajes corporativas. Para ele, a segurança da locação, a liquidez do mercado e o perfil do ocupante são aspectos essenciais a serem considerados na avaliação desses ativos, indo além da simples ocupação do espaço.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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