Polícias mantem-se no campus até 17 de maio, aclama-se clima de medo e incerteza. Essencial: aulas online, formatura suspensa. Operação limitada: estudantes e funcionários. Janela de tempo: retorno a normalidade. Não desocupação total: prédio, repressão tradicional. Clima de medo persiste, cerimônia formatura incerta. (148 caracteres)
Estudantes da Universidade de Columbia, em Nova York, epicentro dos protestos pró-Palestina nos Estados Unidos, enfrentam um cenário de tensionamento e preocupação. A entrada no campus, que costumava ser livre, agora está restrita somente a alunos e trabalhadores essenciais, gerando protestos por parte da comunidade acadêmica.
Essa rápida mudança tem levado a diversas manifestações de descontentamento e questionamentos por parte dos estudantes. Os protestos aumentam a cada dia, refletindo a insatisfação geral com as novas restrições, enquanto a universidade busca formas de acalmar a situação e manter a segurança no campus. A atmosfera de tensão resultante das demonstrações de desagrado sinaliza um desafio para a administração da universidade lidar com a situação de forma equilibrada.
Protestos na Universidade de Columbia: Impacto e Tensão
Enquanto o campus da Universidade de Columbia mergulha em um clima de medo e incerteza, a presença policial chama a atenção de todos. Marco Postigo Storel, estudante de mestrado em jornalismo, descreve a situação como peculiar. ‘É estranho ver o campus em silêncio total e com polícia para todo lado’, revela. Além disso, a movimentação de pessoas deixando o local, levando seus pertences, evidencia a mudança drástica causada pelas manifestações.
Marco, que acompanhou os protestos desde o início, destaca a limitação imposta à mídia, dificultando a cobertura dos eventos. A restrição de acesso culminou na proibição completa da imprensa, sendo os próprios estudantes responsáveis por registrar a operação policial que resultou na desocupação do Hamilton Hall. Esse episódio tenso deixou marcas, gerando um clima de tensão entre os que circulam pelo campus.
Durante as semanas de manifestações, mais de cem barracas ocuparam o gramado central em um ato essencial de protesto. No entanto, a intervenção policial solicitada pela universidade encerrou o acampamento estudantil, aumentando a sensação de insegurança. Marco relata que, embora não tenha presenciado conflitos durante a ocupação, a agressividade da ação policial deixou sequelas emocionais entre os alunos.
A incerteza também paira sobre a tradicional cerimônia de formatura, com a data marcada para 15 de maio. A tradição de protestos na Universidade de Columbia remonta a 1968, quando o Hamilton Hall foi ocupado em manifestações contra a Guerra do Vietnã. O eco desse passado se fez presente nas recentes demonstrações, reacendendo a memória da repressão policial.
Os protestos atuais se inserem em um contexto mais amplo, com repercussões nacionais e internacionais. Nos Estados Unidos, as manifestações geraram debates sobre o antissemitismo e mobilizaram o Congresso, refletindo o descontentamento de parte do eleitorado. Além disso, a solidariedade internacional se manifestou, com crianças em Gaza expressando apoio aos estudantes americanos.
Diante de um cenário complexo, a Universidade de Columbia enfrenta desafios inéditos, representando um ponto de convergência entre passado e presente, tradição e mudança. A história dos protestos ecoa pelos corredores, lembrando a todos que a luta por justiça e liberdade é uma jornada contínua.
Fonte: @ CNN Brasil
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