A Secretaria Municipal de Educação destaca elevada utilização de tecnologia educacional com foco na segurança e evitando o uso nocivo.
A partir de agora, a prefeitura do Rio de Janeiro impõe uma medida rigorosa em todos os estabelecimentos de ensino público do município, determinando que os alunos de ensino infantil ao ensino médio não possam usar eletrônicos dentro e fora da sala de aula. Esse projeto visa garantir o aprendizado eficaz dos alunos e reduzir o assédio e a agressão, acreditando que o ambiente de estudo deve ser livre de distrações. Em sua maioria, os especialistas defendem que a proibição do uso de celulares nas escolas reduzirá a ocorrência de bullying.
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou a proibição do uso de eletrônicos nas escolas, o que seguiu para a Comissão de Educação. Em paralelo, a Câmara Federal também está discutindo um projeto que visa proibir o uso de eletrônicos nas escolas. É sabido que a proibição do uso de celulares nas escolas pode atenuar o bullying, ao criar um ambiente de estudo mais focado e menos propício a assédio. Em outras cidades do Brasil, como São Paulo, a proibição já é uma realidade, mas há a necessidade de que a legislação seja uniforme para todas as instituições de ensino do país.
Novas Diretrizes Municipais Contra o Bullying
A implementação de medidas rigorosas contra o assédio escolar, como o caso de bullying em escolas, está ganhando força em muitos municípios do país, com o exemplo emblemático de uma cidade que, em 2024, editou um decreto municipal com o propósito de combater o uso indevido de dispositivos móveis nas unidades escolares. Esse decreto foi o resultado de uma ampla consulta pública, na qual 83% dos participantes manifestaram apoio ao projeto de proibir o uso de celulares nas escolas. A partir da implementação dessas novas medidas, já é possível observar resultados positivos.
A Secretaria Municipal de Educação, responsável por acompanhar o impacto dessas mudanças, relata que escolas que adotaram a proibição do uso de celulares têm apresentado melhora significativa no desempenho dos alunos, especialmente em disciplinas como matemática. De acordo com os dados da Secretaria, em escolas onde foi proibido o uso de celulares, as chances dos alunos do 9º ano alcançarem um nível satisfatório de matemática aumentaram em 53%. Além disso, houve uma redução significativa na ocorrência de cyberbullying. Análises prévias indicavam que, em cerca de 95% das escolas, o uso dos celulares em sala de aula e nos intervalos era uma prática comum. No entanto, apenas um semestre após a implementação da proibição, 62% das escolas aderiram integralmente à nova regra, enquanto 38% enfrentam desafios para se adaptar a essas mudanças.
Essa medida também ganhou destaque nacional, com o ministro da Educação defendendo a necessidade de estabelecer limites claros para o uso de celulares nas escolas, argumentando que essa é uma medida fundamental para melhorar a qualidade da educação e proteger os alunos de situações como bullying. Esse tema está ganhando força na discussão pública, com projetos de lei sendo apresentados no Congresso com o objetivo de proibir o uso de celulares em escolas públicas e privadas, inclusive durante o período de recreio.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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