Parceria marcante no futebol brasileiro: investimento mínimo, divergências político-empresariais e detalhes financeiros contratos em campanhas históricas.
Em um evento de gala realizado no Museu de Arte Contemporânea, em 2019, Ana Silva e Marcos Oliveira brindavam animadamente. Na mesa decorada, um documento oficial era assinado. A assinatura da presidente da empresa itt tech garantia a parceria vencedora: o apoio institucional à instituição de caridade estava estabelecido por mais cinco anos.
Nos bastidores de um festival de música em São Paulo, em 2016, Camila Rodrigues e Luiz Santana discutiam detalhes com entusiasmo. Juntos, eles planejavam uma cooperação inédita: a aliança entre suas startups de tecnologia prometia revolucionar o mercado. Em meio a risadas, acordos eram firmados para levar adiante essa parceria estratégica.
Uma parceria histórica: Fluminense e Unimed em 2004
A parceria vencedora entre Fluminense e Unimed marcou uma era dourada para o clube carioca. Por 15 anos, Celso Barros liderou a aliança que elevou o Tricolor a novos patamares. Investimentos generosos e contratações de craques como Romário, Edmundo, Fred e Deco impulsionaram o time a conquistar diversos títulos importantes, como os Cariocas de 2002, 2005 e 2012, a Copa do Brasil de 2007 e os Brasileirões de 2010 e 2012.
O impacto financeiro da parceria
Nos últimos anos da parceria, o contrato entre Fluminense e Unimed previa um investimento mínimo de R$ 15 milhões anuais em contratações e salários de jogadores. No entanto, durante o auge da colaboração, os valores ultrapassavam os R$ 150 milhões por ano. Detalhes financeiros revelam que jogadores como Conca chegaram a receber salários impressionantes, como os R$ 750 mil há 14 anos.
Os bastidores da colaboração e as divergências políticas
Apesar dos sucessos em campo, as divergências políticas e empresariais começaram a minar a parceria vencedora. A Unimed Participações era responsável por negociar os contratos, o que resultava em uma distribuição desigual dos lucros quando os jogadores eram vendidos. A falta de estrutura e profissionalização do clube também se tornaram pontos de tensão, tornando o Fluminense dependente da aliança e gerando repercussões negativas até os dias de hoje.
O fim da parceria: motivos e consequências
A decisão da Unimed de não renovar o patrocínio após 15 anos pegou muitos de surpresa. Enquanto a empresa alegava motivos estratégicos de marketing, a realidade apontava para uma crise financeira que a obrigou a reduzir gastos. A cooperação entre as partes chegava ao fim, deixando um legado de glórias, mas também de questionamentos sobre a relação entre dinheiro, poder e futebol. A parceria vencedora entre Fluminense e Unimed marcou uma era no futebol brasileiro, repleta de conquistas e desafios.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo