População LGBTQIAP enfrenta 15% mais riscos de problemas de saúde cerebral devido a estresse crônico e desigualdades no sistema de saúde e legislações anti-LGBT.
Uma série de fatores pode contribuir para o risco aumentado de desenvolver demência, derrames e depressão na população LGBTQIAP+, incluindo a história de bullying, estigma social e perseguição, além de menos acesso a serviços de saúde mental e física comparados às minorias sexuais e de gênero.
Segundo o estudo, a população LGBTQIAP+ enfrenta uma série de desafios ao longo da vida, incluindo bullying e estigma social, que podem afetar negativamente a saúde mental e física. A comunidade LGBTQIAP+ também enfrenta menos acesso a serviços de saúde mental e física, o que pode contribuir para o risco aumentado de desenvolver demência, derrames e depressão. Além disso, o estigma e a marginalização podem levar a uma vida mais estressante, o que também pode aumentar o risco de doenças crônicas.
População LGBTQIAP: Desafios de Saúde e Desigualdades
Pesquisadores analisaram dados de mais de 390 mil indivíduos e descobriram que a população LGBTQIAP enfrenta 15% mais chances de sofrer de problemas de saúde cerebral, mesmo considerando fatores como idade, tabagismo e pressão alta. A comunidade LGBTQIAP tem sido sub-representada em estudos neurológicos, o que agrava os riscos de condições como demência e depressão.
A população LGBTQIAP enfrenta desigualdades significativas no sistema de saúde, incluindo discriminação e preconceito por parte de profissionais médicos. Essas barreiras podem afastar esses pacientes de cuidados preventivos e tratamentos, agravando os riscos de condições neurodegenerativas e psiquiátricas.
Os pesquisadores identificaram que mulheres transgênero têm 68% mais risco de sofrer derrame cerebral do que pessoas cisgênero, o que não foi observado em outros grupos dentro da comunidade LGBTQIAP. A discriminação e desigualdades no sistema de saúde são fatores críticos que contribuem para essas disparidades.
Fatores políticos, como legislações anti-LGBT e crimes de ódio, podem causar medo e estresse crônico na população LGBTQIAP, agravando os riscos de problemas de saúde. Embora o estudo tenha apontado associações importantes, as causas exatas dessas diferenças ainda precisam ser exploradas.
A abordagem dos cuidados de saúde deve ser mais inclusiva, considerando as especificidades da população LGBTQIAP. O acesso a hábitos saudáveis, medidas de redução do estresse e a adoção de ações preventivas são fundamentais para proteger a saúde mental e neurológica de todos.
Fonte: @ Veja Abril
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