Tarcísio registrou aumento de 58,3% em mortes de menores a ação policial.
As estatísticas sobre morte de menores de 18 anos em ações policiais no estado de São Paulo são alarmantes. Desde janeiro de 2023, quando o atual governador tomou posse, ao menos 69 menores de 18 anos perderam a vida em ações policiais. Isso significa que, em média, um adolescente é morto a cada 9 dias, o que é um indicativo claro de que há algo errado no sistema de segurança pública do estado.
É fundamental que as autoridades responsáveis pela segurança pública do estado de São Paulo deem uma resposta clara e eficaz para essas mortes. A morte de um adolescente é sempre um trágico evento, mas a morte de um menor de 18 anos em ações policiais é ainda mais desoladora. É importante lembrar que essas mortes podem ser classificadas como morte-violenta, o que reforça a necessidade de investigações rigorosas e medidas preventivas. Além disso, essas mortes também podem ser classificadas como morte-preventável, o que significa que elas poderiam ter sido evitadas com medidas mais eficazes de segurança e comunicação entre as forças de segurança e a comunidade. A falecimento de um menor de 18 anos em ações policiais é um óbito triste, mas é preciso buscar mudanças para evitar que mais casos assim ocorram.
Levantamento aponta aumento de mortes de menores de idade em ação policial em São Paulo
Um estudo realizado pelo Instituto Sou da Paz revelou que, de janeiro a dezembro de 2023, foram registradas 38 mortes decorrentes de intervenção policial no estado de São Paulo, e até setembro de 2024, o número de óbitos confirmados foi de 31. Este dado é preocupante, pois mostra que a situação está se agravando e que a morte-violenta está aumentando em meio à falta de medidas eficazes para preveni-la.
A análise também destacou que a maioria das vítimas eram negras, com 68% das pessoas mortas sendo da cor preta ou parda, enquanto os brancos correspondiam a 32% desses números. O estudo também destacou que a maioria dos alvos durante a ocorrência policial era formada por adolescentes de 17 anos, com 12 vítimas, seguidos por jovens de 16 anos (11 casos) e 15 anos (5 casos).
Os jovens negros, moradores de periferia, que evadiram da escola e saíram de medidas socioeducativas formam o grupo com maior chance de morrer, conforme apontou Rafael Rocha, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz. Este dado é alarmante e mostra que a sociedade precisa se mobilizar para encontrar soluções para prevenir essas mortes e garantir a segurança das pessoas, especialmente das comunidades mais vulneráveis.
A letalidade policial em São Paulo é um problema que precisa ser abordado de forma eficaz. Segundo o levantamento, o estado registrou um aumento de 58,3% no número de adolescentes mortos em ação policial em 2024, em comparação com 2022. Além disso, o número total de mortes em ação policial no estado também aumentou, alcançando 504 mortos em 2023 e 580 até setembro de 2024. Isso indica que a situação está se agravando e que a morte-violenta está se tornando uma realidade cada vez mais comum.
A falta de controle sobre a força policial e a ausência de medidas eficazes para prevenir essas mortes são alguns dos fatores que contribuem para a situação. Rafael Rocha afirmou que os policiais de SP se sentem autorizados a agir com violência, e que o discurso de incentivo ao confronto é muito evidente em algumas operações, como a Operação Escudo. Além disso, a dificuldade para obter detalhes sobre as atividades das comissões de mitigação de risco também é um problema, pois essas comissões foram estabelecidas para aprimorar o trabalho de policiais envolvidos em ocorrências com letalidade.
Ação policial: um problema que precisa ser abordado
A ação policial é um aspecto fundamental da segurança pública, mas quando se torna letal, é um problema que precisa ser abordado de forma eficaz. A falta de transparência nas operações policiais e a ausência de medidas eficazes para prevenir essas mortes são alguns dos fatores que contribuem para a situação.
Os especialistas afirmam que os policiais militares têm retirado as câmeras corporais, ‘principalmente na Baixada Santista’, o que dificulta a obtenção de detalhes sobre as atividades das comissões de mitigação de risco. Além disso, a dificuldade para obter detalhes sobre as atividades dessas comissões é um problema, pois elas foram estabelecidas para aprimorar o trabalho de policiais envolvidos em ocorrências com letalidade.
A Operação Escudo, uma das fases da Operação Escudo, deixou 56 mortos na Baixada Santista. A ação começou em dezembro de 2023, mas foi intensificada em fevereiro deste ano. Esse dado é alarmante e mostra que a situação está se agravando e que a morte-violenta está se tornando uma realidade cada vez mais comum.
Prevenindo a morte-violenta
A prevenção da morte-violenta é um desafio que requer a cooperação de todas as partes envolvidas. Os especialistas afirmam que os policiais de SP se sentem autorizados a agir com violência, e que o discurso de incentivo ao confronto é muito evidente em algumas operações. Além disso, a dificuldade para obter detalhes sobre as atividades das comissões de mitigação de risco também é um problema, pois essas comissões foram estabelecidas para aprimorar o trabalho de policiais envolvidos em ocorrências com letalidade.
Para prevenir a morte-violenta, é necessário que a sociedade se mobilize e exija soluções eficazes. Isso inclui a implementação de medidas socioeducativas que visem a prevenção da violência e a melhoria da qualidade de vida das comunidades mais vulneráveis. Além disso, é fundamental que as comissões de mitigação de risco sejam respeitadas e que os policiais tenham acesso a recursos e treinamento para lidar com situações de conflito de forma segura e eficaz.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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