Leitura traz crescimento anual de 1,4% do PIB, com forte desaceleração em relação ao quarto trimestre. Inflação e núcleo também revisados para cima.
O Produto Interno Bruto (PIB) anualizado do Brasil aumentou 2,0% no último trimestre de 2023, superando as projeções dos especialistas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) reflete a recuperação da economia brasileira após um período desafiador, impulsionado principalmente pelo setor de serviços e pela indústria. A expectativa é que esse cenário positivo se mantenha ao longo do próximo ano, contribuindo para o fortalecimento da economia nacional e a geração de empregos.
PIB: Economia Americana Cresceu 1,4% Anualmente na Terceira Leitura
Nesta terceira leitura, que traz dados mais completos, o número mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos teve uma leve alta em relação à segunda prévia, divulgada no fim de maio, mas teve uma forte desaceleração em relação ao quarto trimestre de 2023, quando o PIB real anual cresceu 3,4%. A segunda leitura havia apontado que o PIB anualizado havia avançado 1,4% no primeiro trimestre. Os dados haviam sido revisados para baixo em relação à primeira leitura, divulgada no final de abril. Ou seja, haviam apontado que a economia americana não estava tão forte quanto inicialmente se pensou, ainda que em linha com o que analistas esperavam.
Revisão dos Números: PIB dos EUA e Despesas de Consumo
No primeiro relatório, a economia havia crescido 1,6% entre janeiro e março deste ano, ou seja, 0,3 ponto percentual acima da corrigida em maio. O que importa no relatório é se a revisão dos números de crescimento da economia e de inflação nos EUA foi para baixo ou para cima. Ou seja, se os indicadores estão mais fortes ou mais fracos do que o apontado antes. Mais essencial ainda é avaliar o alinhamento desses dados com as expectativas do mercado, porque é a surpresa (boa ou ruim) para os investidores que mexe com o preço dos investimentos.
Impacto da Economia Forte nos Investimentos e Inflação
No caso dos dados divulgados hoje, é adicionada mais uma camada de interpretação: a economia americana voltou a crescer. A segunda leitura também havia sido em linha com o esperado pelos analistas, enquanto a primeira tinha vindo bem abaixo da expectativa do mercado, que indicava alta anual de 2,5% (contra o 1,6% que veio). O cenário reforça a resiliência da economia americana, o que é uma má notícia, pois sinaliza menos espaço para o comitê de mercado aberto (Fomc, na sigla em inglês) do banco central americano (Federal Reserve, o Fed) iniciar o ciclo de queda dos juros.
Inflação e Controle: Desafios da Economia Americana
A terceira leitura do PIB trouxe uma revisão para cima de 0,1 ponto percentual para 3,4 nas despesas de consumo pessoal (PCE), indicador que acompanha a inflação americana, em linha com a primeira leitura. Excluindo os preços dos alimentos e da energia, o núcleo PCE foi corrigido de 3,6% antes para 3,7% agora, também em linha com o antecipado na primeira leitura do PIB. Ou seja, a terceira leitura da economia americana foi ‘maligna’ sob a perspectiva de controle da inflação. Isso porque os números foram majoritariamente corrigidos para cima, quando na segunda leitura haviam diminuído levemente. Com uma economia mais forte do que a pintada no quadro anterior (segunda leitura), os dados apontam que o cenário inflacionário pode não estar tão bom assim por lá. Isso significa que pode haver menos espaço para o Fomc discutir cortes nos juros este ano. Como os juros são o principal mecanismo dos bancos centrais para controle da alta de preços, por servirem como um ‘gargalo’ para o capital despejado no mercado, a inflação convergindo para a meta do Fed (2% ao ano) permite que os juros saiam do patamar mais alto de hoje.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo