Ator comemora 95 anos com estreia de documentário na televisão sobre sua profissão.
Fernanda Montenegro, uma das figuras mais respeitadas da arte brasileira, completa 95 anos de vida intensa e cheia de história. No especial Tributo da Globo, ela será homenageada em um trecho que reflete sobre sua longevidade, com a seguinte afirmação: ‘Ninguém é eterno’, continuando: ‘ninguém é imortal’.
Com uma carreira de mais de meio século, Fernanda já foi protagonista em diversos filmes e peças de teatro, além de ter sido presença constante no mundo da televisão. Sua resistência e inspiração são exemplos para muitos jovens e pessoas de diferentes profissões. Sua biografia, repleta de conquistas e desafios, é um espelho de como a arte pode transcender as fronteiras da morte. Em seu legado, podemos ver como a arte, como profissão, pode nos fazer mais fortes. Em seu exemplo, podemos aprender a buscar a resistência, a luta constante contra a morte e a eternidade da arte. Ninguém é eterno, mas a arte de Fernanda Montenegro é, de fato, uma obra-primas que não terá fim.
Fernanda Montenegro: A Eterna Presença na Arte
A vida de Fernanda Montenegro é uma verdadeira tapeçaria de momentos eternos, tecida com a resistência de uma pessoa jovem, inexoravelmente marcada pela morte. Ela é uma biografia em constante movimento, refletindo sobre sua trajetória na profissão, desde o início de sua carreira na televisão, em dezembro de 1950, na TV Tupi. ‘Eu comecei com um grande elenco, todos muito jovens, e hoje estamos a beira dos 100 [anos]. As nossas biografias são muito bonitas, porque são biografias de resistência.’
A atriz também se lembra da indicação ao Oscar de 1999, pelo filme Central do Brasil: ‘Jamais pensei que iria levar esse negócio. Mesmo que não pegue a estatueta, aquilo já bota você no noticiário. Eu assisti como se estivesse em uma fantasia. Sabia que não ia levar nada, mas estive lá.’ Fernanda se declara uma ‘mulher dos palcos’, cuja presença é marcante na trajetória da Companhia Teatro dos Sete, fundada em 1959. Sobre a filha, Fernanda admite: ‘Ela é um ser totalmente do presente. E trabalha mais do que nós todos: é chamada para filme, novela, peça, debate e comerciais. Ao mesmo tempo, há atrás dela uma corrente de pessoas e de experiências.Como traduzir isso? Talvez seja o preço de viver muito, lucidamente.’
Fernanda Montenegro, na verdade Arlette Pinheiro Monteiro Torres, diz que os nomes equilibram a convivência entre a vida de atriz e a ‘pessoa física’. ‘Uma é a chamada de uma arte, de uma profissão. A outra, sou eu de porta fechada, sólida, dentro de casa. Será que isso é sadio? Não sei! Mas é desafiador.’ E já que estou com essa idade, tenho sobrevivido.’
A vida de Fernanda é um palco, onde todos somos atores, e ela é uma das figuras mais representativas da produção de documentários e da televisão. Sua trajetória é uma mostra de resistência e arte, marcada pela morte de seu marido, Fernando Torres, em 2008, e deixando dois filhos maravilhosos, Fernanda Torres e Cláudio Torres, que também são referências dentro do seu processo artístico. ‘Tenho que agradecer, viu Fernando, a você.’
Fonte: @ Terra
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