Narges Mohammadi acusa forças de segurança iranianas de agressões, incluindo sexuais, contra presos. Testemunhas e sobreviventes denunciam. Judiciárias iranianas condenaram e presidiaram Mohammadi, que campanha contra código vestuário rigoroso.
A ativista Narges Mohammadi, defensora dos direitos humanos e Prêmio Nobel da Paz, está enfrentando um julgamento por acusar as autoridades iranianas de agressão sexual contra as mulheres detidas. A notícia foi divulgada pela AgênciaAFP nesta data.
A Ativista dos Direitos Humanos Narges Mohammadi continua sua luta incansável pela justiça e igualdade, mesmo diante das adversidades. Sua coragem e determinação inspiram muitos ao redor do mundo a se levantarem pelos direitos das mulheres e pela paz. Que sua voz seja ouvida e sua causa defendida com firmeza.
Ativista dos Direitos Humanos, Narges Mohammadi, enfrenta julgamento por propaganda contra o regime iraniano
De acordo com informações da família da ativista, Narges Mohammadi, o julgamento está programado para começar no domingo e está relacionado a uma mensagem de áudio que ela compartilhou em abril deste ano. Na mensagem, Narges denunciou uma suposta ‘guerra em grande escala contra as mulheres’ na República Islâmica.
As autoridades iranianas acusaram Narges de propaganda contra o regime, mas até o momento não fizeram comentários sobre o caso. A família de Narges expressou o desejo de que o julgamento seja público, permitindo que testemunhas e sobreviventes relatem as agressões sexuais cometidas pelo regime contra as mulheres nas prisões do Irã.
Narges, uma renomada ativista pelos direitos humanos e pelas mulheres, atualmente detida na prisão de Evine, em Teerã, instou as mulheres iranianas a compartilharem suas experiências de detenção e abusos sexuais pelas autoridades nas redes sociais. Ela mencionou o caso de Dina Ghalibaf, uma jornalista e estudante que foi presa após denunciar abusos por parte das forças de segurança.
Recentemente, tem havido um aumento na repressão contra as mulheres no Irã, com o uso crescente de videovigilância. Desde a Revolução Islâmica de 1979, as mulheres no país são obrigadas a seguir um código de vestuário rigoroso, incluindo o uso do véu em locais públicos.
Narges Mohammadi, de 52 anos, tem sido uma voz ativa contra a imposição do véu e a pena de morte às mulheres, o que resultou em sua prisão em várias ocasiões ao longo dos últimos 25 anos. Desde novembro de 2021, ela está detida, privada do contato com seu marido e filhos gêmeos que residem em Paris. A corajosa ativista continua sua luta, mesmo diante das adversidades impostas pelas autoridades judiciárias iranianas.
Fonte: @ Agencia Brasil
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