Presidente STF Luís Roberto Barroso discute máquinas inteligentes, avanço da IA dominando mundo, triagem em milhares de ações. Sociedade enfrenta desinformação, mercado de trabalho forte. Máquinas adquirindo consciência: sociedade preparada? (143 caracteres)
Via @correio.braziliense | O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou, nesta terça-feira (14/5), a importância de discutir a ética no uso da inteligência artificial (IA). Barroso alertou para o risco de que as IA adquiram ‘consciência’ e atuem de forma autônoma. O debate ocorreu durante reunião do J20, que reúne as supremas cortes das 20 maiores economias do mundo que fazem parte do bloco do G20.
O avanço tecnológico tem impulsionado o desenvolvimento IA em diversas áreas, inclusive no mundo jurídico. A preocupação com a possibilidade de as IA se tornarem conscientes e dominarem o mundo é um reflexo da rápida evolução da inteligência artificial. É essencial que a sociedade e as autoridades estejam atentas aos impactos do avanço da inteligência artificial no mundo jurídico para garantir um uso ético e responsável dessa tecnologia inovadora.
Reflexões sobre o avanço da inteligência artificial no mundo jurídico
O evento que abordou o avanço da inteligência artificial (IA) aconteceu no Rio de Janeiro, onde Barroso, durante um painel, discutiu a relevância desse desenvolvimento no mundo jurídico. Ele levantou a questão do risco associado ao potencial das máquinas adquirirem consciência e compreenderem sua própria existência. Segundo ele, se as IAs e as máquinas alcançarem esse nível de consciência, poderiam dominar o mundo devido à sua capacidade de processar informações de forma mais rápida e em maior quantidade.
O magistrado mencionou ter lido um estudo que sugere uma probabilidade de 10% das máquinas desenvolverem consciência. Ele comparou essa chance com a situação de embarcar em um avião com 10% de chance de cair, enfatizando sua relutância em fazê-lo. Barroso ressaltou que a tecnologia está avançando rapidamente no mundo jurídico, com o Supremo Tribunal Federal (STF) já utilizando IA para realizar a triagem de milhares de ações que chegam à Corte.
Para Barroso, em um futuro próximo, é possível que a IA seja capaz de redigir a primeira versão de sentenças. Ele alertou sobre o impacto significativo que o avanço da inteligência artificial terá no mercado de trabalho, prevendo uma redução de vagas. Nesse sentido, destacou a necessidade de o governo fornecer apoio aos trabalhadores afetados por essas mudanças.
Além disso, o magistrado expressou sua preocupação com a utilização da tecnologia na propagação de desinformação, ressaltando a importância de lidar com esse desafio de forma eficaz. As reflexões de Barroso sobre o avanço da inteligência artificial no mundo jurídico apontam para a necessidade de uma abordagem cuidadosa e proativa diante das mudanças que a IA está trazendo para a sociedade.
Fonte: © Direto News
Comentários sobre este artigo