Brasil enfrenta maior epidemia de dengue com baixa adesão à vacina; expansão da distribuição nas regiões. Dados da pasta indicam 2 milhões de casos.
A preocupação com a saúde da população é uma prioridade para o governo, que vem investindo em ações de prevenção e combate a diversas doenças. A ampliação da vacinação contra a dengue demonstra o compromisso em proteger a saúde dos brasileiros.
O anúncio feito pelo Ministério da Saúde representa um avanço significativo na luta contra a proliferação do vírus da dengue, uma vez que a vacinação é uma das principais estratégias para controlar a doença. É fundamental que a população esteja consciente da importância da imunização para garantir a sua própria saúde.
Ampliação da distribuição da vacina contra a dengue para 154 novos municípios
Até então, 521 localidades haviam sido selecionadas para receber as doses e iniciar a imunização na rede pública, entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Conforme informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, os municípios contemplados estão localizados em 11 regiões: Central (ES), Betim (MG), Uberaba (MG), Uberlândia/Araguari (MG), Recife, Apucarana (PR), Grande Florianópolis, Aquífero Guarani (SP), Região Metropolitana de Campinas (SP), São José do Rio Preto (SP) e São Paulo. Segundo Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergência em Saúde Pública e do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE-Dengue), a decisão de ampliar a distribuição se deu pelo fato de que muitas das doses anteriormente liberadas não foram aplicadas e estão se aproximando da data de vencimento, prevista para 30 de abril. Agora, mais 154 municípios poderão vacinar crianças e adolescentes. Foto: Wilton Junior De acordo com dados da pasta, até o momento, 1.235.119 doses foram enviadas desde o início da campanha de vacinação contra a dengue. Dentre essas doses, 534.631 foram registradas como aplicadas, enquanto 700.488 ainda não tiveram registro.
Expansão da distribuição e novos desafios para a Saúde Pública
Além disso, 13 dos 521 municípios que receberam a vacina não enviaram dados para o governo federal. Do total de vacinas que ainda não foram aplicadas, 668 mil estão próximas do vencimento. ‘Não podemos permitir que essas doses expirem, é crucial utilizá-las. Diante dessa situação, o Ministério da Saúde apresentou uma solução: redistribuir as doses dentro das unidades federativas, ou seja, dentro dos Estados, direcionando-as para os municípios que ainda não foram contemplados’, afirmou Garcia. Conforme afirmado por Garcia, uma nova remessa de doses contra a dengue foi recebida, marcando a primeira aquisição oficial, visto que a remessa anterior foi uma doação do fabricante, a farmacêutica Takeda. No total, 930 mil doses serão distribuídas, abrangendo os 521 municípios anteriormente selecionados, além dos 154 recentemente incorporados na expansão do programa. De acordo com o diretor, a intenção é destinar uma parte significativa dessas novas doses para substituir aquelas que foram realocadas devido à proximidade do vencimento nas localidades inicialmente contempladas. ‘Também vamos assegurar doses para os municípios que estão realizando uma boa cobertura vacinal. A proposta é fornecer mais doses para os locais onde os estoques estão se esgotando, a fim de dar continuidade à estratégia de vacinação’, esclareceu.
Estatísticas preocupantes e a importância da prevenção em Saúde Pública
Até esta terça-feira, 26, o Brasil havia registrado 2.321.050 casos prováveis de dengue. O número foi divulgado pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. Há 831 mortes confirmadas e 1.267 em investigação. Ainda de acordo com a pasta, o coeficiente de incidência da doença é de 1.143 a cada 100 mil habitantes. Até a última quinta-feira, 21, este coeficiente era de 990.3 a cada 100 mil pessoas. Trata-se de números preocupantes quando comparados com a base estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir uma situação de epidemia, que é de 300 casos a cada 100 mil habitantes. Cabe ressaltar que a eliminação de criadouros de mosquitos segue sendo uma das melhores maneiras de evitar a doença. Também vale apostar em métodos físicos, como uso de roupas claras, mosquiteiros e repelentes – especialmente aqueles à base de icaridina, DEET e IR3535, que possuem duração superior em comparação a outros tipos.
Fonte: @ Estadão
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