Caso em Canoas, Rio Grande do Sul, envolvendo médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, da Universidade Federal de Rio Grande do Sul, conselho regional da categoria de especialização em medicina de emergência, com Envenenamento com sorvete, avaliação da morte decorrente de um enfarte agudo do miocárdio.
Uma investigação em andamento revelou que o Suspeito, André Lorscheitter Baptista, agiu com premeditação, envenenando a esposa com um sorvete contendo substâncias tóxicas. O caso ocorreu em 22 de janeiro na cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Segundo relatos, o Médico, André Lorscheitter Baptista, foi preso após denúncias feitas por colegas de trabalho e do Samu que o identificaram como o enfermeiro que deu entrada na Profissional de Saúde. A Profissional de Saúde foi a primeira a atender a vítima, Patrícia Rosa dos Santos, na unidade de Saúde. O Suspeito, André Lorscheitter Baptista, foi levado para a polícia sob a acusação de matar a esposa, e agora enfrenta as consequências legais do seu ato.
Investigação avança com Laudo de Autópsia
As investigações da Polícia Civil apontam que o suspeito usou seus conhecimentos técnicos como médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para cometer o feminicídio com envenenamento, com uso de sorvete. A defesa do suspeito afirma que o médico, um profissional de saúde, é inocente de todas as acusações, e diz que as causas da morte da vítima ainda não foram totalmente esclarecidas, as investigações apontam que houve envenenamento com uso de substâncias letais adquiridas pelo Serviço de Emergência de uma unidade de saúde.
Formado em Medicina em 2001, pela Universidade Federal de Rio Grande do Sul, André Lorscheitter Baptista tem a sua inscrição no conselho regional da categoria da categoria médica datada de junho de 2007. Segundo o site do Conselho Federal de Medicina, Baptista tem especialização em medicina de emergência, e a sua situação é considerada regular. Nas redes sociais, o médico, um profissional de saúde, tinha uma atividade discreta, com postagens voltadas para orientações na área da medicina. Baptista e a vítima viviam uma relação de desavenças, afirmam os parentes da vítima, ouvidos nas investigações.
Os familiares apontam que o médico tentou realizar um aborto na mulher quando ela estava grávida, também ministrando medicações. Por conta deste histórico, a família da vítima solicitou uma autópsia para investigar a morte, apontada por André como de causa natural decorrente de um enfarte agudo do miocárdio – foi ele quem avisou aos parentes do falecimento da mulher. No exame, foi constatado o envenenamento com substâncias adquiridas pelo Serviço de Emergência.
‘A gente não consegue confirmar isso com a vítima, que poderia dizer que ele teria tentado um aborto contra a vontade dela, se ela queria abortar, porque, infelizmente, ela faleceu. Mas, vamos dar uma credibilidade para o relato da família, até porque a família foi a primeira a ligar o alerta’, disse Rafael Pereira, diretor da Divisão de Investigações de Homicídios.
Em nota, a defesa de André diz que o médico é ‘absolutamente inocente’ de todas as acusações que estão sendo feitas, e afirma que o que ocorreu com a vítima ‘foi uma tragédia, mas jamais um crime de homicídio’. ‘Percebe-se que houve precipitação nas declarações veiculadas pelos órgãos competentes, visto que os fatos relacionados à morte da senhora Patrícia Rosa dos Santos ainda não foram devidamente esclarecidos’, diz a nota, assinada pelo advogado Luiz Felipe Mallmann de Magalhães.
Crime envolveu envenenamento e administração de medicação
Segundo o diretor da Divisão de Investigações de Homicídios, o suspeito adormeceu a mulher com o uso de uma medicação chamada Zolpidem, inserida no sorvete da vítima, e depois administrou outras duas substâncias letais que só poderiam ter sido adquiridas pelo serviço de emergência de alguma unidade de saúde. Uma das medicações foi o Midazolam, e a aplicações teriam sido realizadas no pé, para não deixar marcas evidentes no corpo da mulher.
De acordo com o diretor, também foram encontradas diversas provas no local do crime. ‘A mulher havia sido movida de lugar. Ele alega que ela morreu comendo um sorvete e dormindo no sofá, e ela estava na cama, num ambiente de lazer’, disse Rafael Pereira.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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