Funcionários anônimos de instituição de saúde, durante cirurgia de mão: sindicam suposto crime internamente, denuncia anónima, apuração Cremesp, privacidade respeitada, Conselho Federal de Medicina.
(FOLHAPRESS) – O doutor residente de ortopedia Ramiro Carvalho Neto, 33, foi afastado do Hospital das Clínicas de São Paulo sob suspeita de importunação sexual durante um procedimento cirúrgico. A instituição confirmou o caso por meio de comunicado. Funcionários da unidade hospitalar, que preferiram não se identificar, relataram que o incidente ocorreu há quinze dias, durante uma cirurgia de emergência.
No entanto, o cirurgião em questão negou veementemente as acusações, alegando que se tratou de um mal-entendido durante a operação. A direção do hospital informou que está conduzindo uma investigação interna para esclarecer os fatos e garantir a segurança de todos os pacientes. A comunidade médica local expressou preocupação com o ocorrido e espera uma resolução rápida e justa para o caso.
Investigação de denúncia anônima de importunação sexual em instituição médica
Testemunhas relatam que durante um procedimento médico, Ramiro, doutor envolvido, teria cometido atos inapropriados, tocando indevidamente a paciente. Além disso, médicos presentes teriam registrado a ação em vídeo, que foi posteriormente denunciada à direção do hospital. A tentativa de contato com o médico, cirurgião em questão, foi sem sucesso até o momento da publicação desta matéria.
A instituição em questão recebeu uma denúncia anônima sobre o incidente de importunação sexual que teria ocorrido em suas dependências. Em resposta, o hospital prontamente afastou o profissional envolvido após a notificação da denúncia. Uma sindicância interna foi instaurada para investigar o caso de forma minuciosa e sigilosa, visando preservar a privacidade da suposta vítima, à qual está sendo oferecido suporte e cuidados.
O Conselho Federal de Medicina e o Cremesp foram acionados para acompanhar o desdobramento do caso. Enquanto o Cremesp ainda não havia sido formalmente informado sobre a situação, o CFM se absteve de comentar casos específicos. Cabe ao Cremesp tomar as medidas cabíveis para a apuração do ocorrido, com possíveis consequências éticas e profissionais para o denunciado, sujeito a um processo disciplinar.
Esta não é a primeira vez que o médico em questão é acusado de condutas inadequadas. Durante seus estudos de medicina, ele foi afastado por um ano devido a acusações de abuso contra uma colega. O caso teria ocorrido no final de 2013, durante os jogos universitários. Não foram encontradas denúncias formais contra Ramiro, nem na polícia, nem na Justiça de São Paulo, referentes aos incidentes no hospital ou na Unicamp.
A Santa Casa e a suposta vítima concordaram em aguardar o desfecho da sindicância em andamento antes de comunicar as autoridades policiais, visando proteger a identidade da vítima. A Unicamp também conduziu uma sindicância em 2014, após denúncias similares contra Ramiro durante um evento esportivo universitário. A documentação obtida pela Folha de S.Paulo detalha o ocorrido, incluindo relatos de testemunhas sobre o comportamento inadequado do médico.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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