Guerra Israel-Hamas prejudica negócios da Alonyal. CEO analisa impacto em franquias locais. Funcionários temem salários. Golden Arches mantém neutralidade.
O McDonald’s é uma das maiores cadeias de fast-food do mundo, conhecida por seus hambúrgueres saborosos e batatas fritas crocantes. Com milhares de restaurantes espalhados por todo o globo, a marca se tornou um ícone da cultura pop e é frequentado por milhões de clientes todos os dias.
Os Golden Arches do McDonald’s são facilmente reconhecíveis em qualquer lugar, tornando-se um símbolo global da comida rápida. A sigla MCD também é amplamente associada à marca, representando a qualidade e o sabor que os consumidores esperam ao se deliciarem com um Big Mac ou uma McFritas.
McDonald’s anuncia a aquisição de seus restaurantes franqueados em Israel
O McDonald’s comprará cada um de seus 225 restaurantes franqueados em Israel, anunciou na quinta-feira (4), apenas algumas semanas após dizer que a guerra entre Israel e Hamas estava prejudicando seus negócios. O gigante do fast food disse haver fechado um acordo com a franquia israelense Alonyal para comprar os restaurantes da franquia McDonald’s (MCD) da empresa no país.
Omri Padan, CEO e proprietário da Alonyal, disse em um comunicado que ‘por mais de 30 anos, a Alonyal Limited tem se orgulhado de trazer o Golden Arches para Israel e servir nossas comunidades’. A Alonyal emprega mais de 5.000 pessoas em seus restaurantes McDonald’s no país. O McDonald’s acrescentou na declaração que ‘continua comprometido com o mercado israelense e com a garantia de uma experiência positiva para os funcionários e clientes no mercado daqui para frente’.
Operadores independentes e a guerra entre Israel e Hamas
Os termos do acordo não foram divulgados. A grande maioria das lojas do McDonald’s em todo o mundo é administrada por operadores de franquias locais. Esses operadores agem, em muitos aspectos, como empresas independentes – eles estabelecem salários e preços e, quando acham apropriado, fazem declarações ou doações a seu critério. Essa abordagem ajudou a tornar o McDonald’s um fenômeno global, com mais de 41.000 restaurantes em todo o mundo a partir de 2023.
Mas isso também significa que a empresa norte-americana não pode ditar como cada operador deve reagir em uma crise. Após os ataques de 7 de outubro, nos quais militantes do Hamas mataram mais de 1.200 soldados e civis israelenses e sequestraram outros 200, a Alonyal ofereceu descontos aos soldados e às forças de segurança locais. Muitas operadoras do McDonald’s na região rapidamente se distanciaram das ações da empresa israelense.
Impactos dos boicotes no mercado do Oriente Médio para o McDonald’s
Grupos de franquias no Kuwait e no Paquistão, por exemplo, emitiram declarações dizendo que não compartilhavam a propriedade com a franquia israelense. Como outras marcas americanas, o McDonald’s foi atingido por boicotes em vários mercados da região. Em janeiro, o CEO Chris Kempczinski disse que a empresa estava sofrendo um ‘impacto significativo nos negócios’ no Oriente Médio devido à guerra entre Israel e o Hamas. Durante sua última apresentação de lucros, em fevereiro, o McDonald’s reiterou essa mensagem e disse que o conflito continuaria provavelmente a pesar sobre seus negócios. Em sua declaração de janeiro, Kempczinski pareceu enfatizar a neutralidade da empresa, dizendo que ‘em todos os países onde operamos, inclusive nos países muçulmanos, o McDonald’s é orgulhosamente representado por operadores proprietários locais’.
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Fonte: © CNN Brasil
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