Extremos em Itaim Bibi e Anhanguera. Levantamento abrange toda a cidade, considerando termos como zona, distritos, habitação e emprego formal por dez habitantes em idade ativa.
Em uma análise detalhada da realidade brasileira, é possível observar como a desigualdade se manifesta de maneira profunda em diferentes aspectos da sociedade. O Mapa da Desigualdade reúne 45 indicadores temáticos, abordando importantes áreas como saúde, educação, moradia, transporte, segurança e renda.
Entre esses indicadores, alguns se destacam como reflexo direto da desigualdade social. A comparação entre as diferentes regiões da cidade, como Alto de Pinheiros, que lidera o ranking do Mapa da Desigualdade, e outras como Capão Redondo, que está abaixo da média da cidade em 25 indicadores, demonstra a existência de uma desigualdade econômica significativa. Além disso, a pobreza e o gap social são outros aspectos que contribuem para essa realidade complexa. Ao considerar esses fatores, é possível entender melhor a profundidade da desigualdade no Brasil. A superlotação nas redes públicas de ensino, por exemplo, é um reflexo da insuficiência na oferta de oportunidades de qualidade para todos.
Demais 24 anos: como a desigualdade social atinge a vida das pessoas
No Jardim Paulista, área nobre de São Paulo, a expectativa de vida é de 82 anos, enquanto no Distrito Anhanguera, zona norte, a expectativa é de 58 anos, um desvio de 24 anos em média. Este cenário é um reflexo da desigualdade econômica que afeta a população de São Paulo, como demonstrado pelo Mapa da Desigualdade, produzido pela Rede Nossa São Paulo e lançado no dia 27 de abril. Este mapa cobre os 96 distritos da cidade e traz dados actualizados para 2023, analisando indicadores em áreas como saúde, educação, habitação, emprego e renda, além de outros temas relevantes.
Desde a sua criação, mais de uma década atrás, o Mapa da Desigualdade tem sido uma ferramenta valiosa para entender melhor a desigualdade social em São Paulo. Com a sua recente transição para o ambiente digital, ficou mais fácil visualizar e comparar os dados, permitindo uma análise mais profunda das questões que afetam a população.
A desigualdade social é um problema complexo que envolve vários fatores, incluindo a pobreza, o desigualdade econômica e o gap social. No entanto, é importante notar que nem todos os distritos da cidade de São Paulo apresentam igualdade em termos de desenvolvimento e bem-estar.
De acordo com o Mapa da Desigualdade, alguns distritos não têm favelas, como o Alto de Pinheiros, Perdizes, Jardim Paulista, Moema, Bela Vista, Sé, República, Consolação, Cambuci e Santana. Ao contrário, outros distritos têm uma maior proporção de favelas, como a Vila Andrade, zona sul, que apresenta 35,35% dos domicílios em favelas.
Ainda em termos de emprego, a oferta de postos de trabalho formais varia significativamente entre os distritos. O Barra Funda tem a maior oferta de emprego formal, enquanto a Cidades Tiradentes tem a menor. Além disso, a remuneração média do emprego formal também difere entre os distritos, com o São Domingos tendo o maior valor, R$ 8.515,29, e o Artur Alvim tendo o menor valor, R$ 2.200,70.
Por fim, a evasão escolar também é um indicador importante da desigualdade social. A menor evasão escolar está na Belém, com 0,11%, enquanto a maior evasão está na Vila Andrade, com 3,1%.
Em resumo, a desigualdade social é um problema complexo que afeta diferentes aspectos da vida das pessoas, desde a expectativa de vida até a oferta de emprego e a evasão escolar. O Mapa da Desigualdade é uma ferramenta valiosa para entender melhor esta questão e identificar áreas de intervenção para reduzir a desigualdade social em São Paulo.
Fonte: @ Terra
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