Descoberta desafia conceitos astronômicos dos anos 70: papel crucial de simulação em realização inédita de trajetória de gás primordial em discos alimentados por material, sem acreção.
Os buracos negros supermassivos são objetos fascinantes no universo, com uma massa milhões ou até bilhões de vezes maior que a do nosso Sol. Estudos recentes revelam que os buracos negros supermassivos podem ser rodeados por discos de matéria extremamente quente, que emitem intensa radiação antes de serem engolidos pelo horizonte de eventos.
Além disso, simulações computacionais mostram a importância dos campos magnéticos na interação entre a matéria e o buraco negro, influenciando diretamente a formação dos discos de acreção. Essa nova perspectiva desafia conceitos antigos e abre caminho para uma compreensão mais profunda da física dos buracos negros supermassivos.
Descobertas Revolucionárias sobre Buracos Negros Supermassivos
Uma simulação inédita realizada por uma equipe de astrofísicos liderada pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) trouxe à tona novas informações sobre o papel dos campos magnéticos e discos de acreção na alimentação de buracos negros supermassivos. Essa realização inédita desafia conceitos estabelecidos desde a década de 1970 e promete abrir portas para descobertas futuras sobre o crescimento e evolução desses enigmáticos buracos negros e galáxias.
A equipe, utilizando supercomputadores, simulou a trajetória do gás primordial desde os primórdios do universo até a formação dos discos de material que alimentam os buracos negros supermassivos, também conhecidos como discos de acreção. Essa simulação de altíssima resolução preencheu a lacuna entre escalas maiores e menores do universo, proporcionando uma visão mais clara e detalhada desse processo complexo.
Um dos aspectos mais surpreendentes dessa pesquisa foi a revelação de que os discos de acreção não possuem a forma plana como se pensava, mas são mais ‘fofos’ devido à influência dos campos magnéticos. Essa descoberta lança luz sobre a importância dos campos magnéticos na estrutura e evolução dos discos ao redor dos buracos negros supermassivos.
Ao realizar um ‘super zoom-in’ em um buraco negro com massa equivalente a 10 milhões de vezes a do Sol, os pesquisadores puderam observar de perto como o material circundante é atraído pela gravidade, formando um disco de acreção que emite intensa radiação. A pressão exercida pelos campos magnéticos nos discos de acreção foi medida em 10.000 vezes maior do que a pressão térmica, desafiando teorias antigas e redefinindo nossa compreensão sobre essas estruturas.
Os resultados dessa pesquisa foram publicados no artigo intitulado ‘FORGE’d in FIRE: Resolving the End of Star Formation and Structure of AGN Accretion Disks from Cosmological Initial Conditions’, no The Open Journal of Astrophysics. Essa contribuição significativa abre novos horizontes para a pesquisa cosmológica, permitindo uma análise mais aprofundada da formação estelar, fusão de galáxias e da primeira geração de estrelas no universo. Essa realização marca um marco importante no estudo dos buracos negros supermassivos e seu papel crucial na evolução do cosmos.
Fonte: @Olhar Digital
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