Lançado no século XX, o guardanapo assinado por Messi custa acima de R$ 1,6 milhão. Acordo improvisado, diretor esportivo, responsabilidade direta. Assinado com testemunhas.
O leilão do icônico guardanapo que marcou o início da renomada trajetória de Lionel Messi no Barcelona, quando o craque tinha somente 13 anos, teve início esta semana com um valor inicial entre R$ 1,6 milhão e R$ 2,7 milhões.
O documento que comprova a autenticidade do guardanapo, considerado um verdadeiro tesouro para os fãs do futebol, está incluso no contrato de venda, garantindo a legitimidade do item histórico. A escritura do leilão destaca a importância do guardanapo na história do esporte, tornando-o um valioso papel colecionável para os entusiastas do mundo esportivo.
Guardanapo: Um Documento que Mudou a História do Futebol
Os lances para o item estão em £220.000 (R$ 1,2 milhão) e estarão abertos na casa de leilões britânica Bonhams até 17 de maio. Originalmente, a venda estava programada para março, mas foi adiada devido a uma disputa sobre a propriedade do guardanapo, que esteve nas mãos de Horacio Gaggioli, um empresário argentino, nas últimas duas décadas. Josep Minguella, outro consultor envolvido no acordo para trazer Messi da Argentina, reivindicou a posse do guardanapo após a notícia de que ele seria leiloado no início deste ano. Gaggioli contestou o fato, enquanto a Bonhams disse à ESPN que não havia ‘nenhum problema’ com relação à venda do guardanapo, que está listado em seu site como ‘propriedade de Horacio Gaggioli’. Minguella não respondeu à reportagem.
Com o pai de Messi, Jorge, começando a duvidar do comprometimento do Barça com seu filho nos anos 2000, o diretor de futebol do clube na época, Carles Rexach, na pressa, improvisou um acordo em um guardanapo. Ele foi assinado pelo próprio, por Minguella, que havia ajudado a trazer o jogador da América do Sul, e por Gaggioli, que ajudou a intermediar o negócio, servindo como garantia para um primeiro contrato. Desde então, o documento permaneceu sob a propriedade de Gaggioli em um cofre seguro em Andorra, principado ao norte de Barcelona, entre a Espanha e França. No passado, houve negociações para que ele fosse incorporado ao museu do clube no Camp Nou, porém elas fracassaram.
O guardanapo foi originalmente assinado em 14 de dezembro de 2000, em um clube de tênis em Barcelona, depois que Rexach recebeu um telefonema frenético de Jorge Messi, ameaçando levar seu filho de volta à Argentina. ‘Foi quando, pensando por conta própria, decidi tudo’, disse Rexach à ESPN, em 2020, no 20º aniversário da assinatura. ‘Por que um guardanapo? Porque era a única coisa que eu tinha à mão. Vi que a única maneira de relaxar Jorge era assinando algo, dando-lhe alguma prova concreta (do nosso compromisso), então pedi um guardanapo ao garçom. Escrevi: ‘Em Barcelona, em 14 de dezembro de 2000, e na presença dos Srs. Minguella e Horacio, Carles Rexach, diretor esportivo do FC Barcelona, concorda, sob sua responsabilidade e independentemente de quaisquer opiniões divergentes, em contratar o jogador Lionel Messi, desde que mantenhamos os valores acordados’. ‘Eu disse a Jorge que minha assinatura estava lá e que havia testemunhas, que, com meu nome (escrito no guardanapo), eu assumiria a responsabilidade direta, e que não havia mais nada a falar. Pedi que fosse paciente por alguns dias, porque Leo já poderia se considerar um jogador do Barça.’
Messi se tornou o maior jogador da história do clube, fazendo mais jogos (778) e marcando mais gols (672) do que qualquer outro jogador do clube. Durante mais de 20 anos no Barcelona, ele ganhou 10 títulos de LALIGA, sete Copas do Rei e quatro vezes a UEFA Champions League, antes de ir para o Paris Saint-Germain e, atualmente, para o Inter Miami. Individualmente, ele ganhou a Bola de Ouro oito vezes, um.
Fonte: @ ESPN
Comentários sobre este artigo