Auditores da Receita Federal acessam dados sigilosos para perseguir pessoas, em esquema constatado antecessivamente, com decisão judicial recente.
A Receita Federal é responsável por fiscalizar a arrecadação de tributos no Brasil. Recentemente, a atuação dos auditores do órgão foi questionada, após a descoberta de irregularidades em um esquema de acesso indevido a dados sigilosos. A Receita Federal, como órgão fiscal, deve garantir a transparência e a legalidade em suas ações.
A Receita, juntamente com os auditores, desempenha um papel fundamental na manutenção da ordem tributária no país. É importante que o órgão fiscal atue de forma ética e dentro da lei, evitando práticas ilegais que possam comprometer a confiança da sociedade. A atuação dos auditores da Receita Federal deve ser pautada pela integridade e respeito às normas vigentes.
Receita Federal: Acesso Indevido a Dados Sigilosos
Recentemente, foi constatado que criminosos conseguiram acessar dados sigilosos da Receita Federal com o intuito de perseguir desafetos. Nesse caso específico, os alvos das fraudes foram colegas dos próprios auditores, que foram injustamente acusados de ilegalidades e crimes. O juiz federal José Arthur Diniz Borges revelou que os agentes envolvidos vasculhavam dados fiscais de forma clandestina, utilizando senhas não rastreáveis, a fim de obter informações para elaborar ‘cartas anônimas’ com o objetivo de prejudicar terceiros.
Esquema Fraudulento na Receita Federal
Durante a chamada ‘operação lava jato’, auditores pertencentes a um grupo denominado ‘Equipe Especial de Fraudes’ elaboraram um falso ‘despacho de encaminhamento’, acusando ministros do Supremo Tribunal Federal e seus familiares sem apresentar qualquer evidência substancial. Um dos líderes desse esquema, o auditor Marco Aurélio Canal, responsável pelo setor de combate a fraudes falsas, acabou sendo preso por participar de um esquema de suborno no qual fiscais recebiam propina para evitar multas contra contribuintes sob investigação.
Decisão Judicial e Revelações Chocantes
Segundo a decisão judicial recente do juiz Diniz Borges, ficou evidenciado que os réus foram vítimas de um grupo criminoso que se aproveitava de acessos privilegiados ao sistema da Receita Federal para iniciar processos disciplinares fraudulentos com o objetivo de prejudicar servidores desafetos. Os autos revelaram a prática recorrente de criação de cartas anônimas com base em acessos indevidos a dados sigilosos de servidores da Receita Federal, as quais eram utilizadas para embasar processos administrativos injustos.
Implicações e Envolvimento de Autoridades
A decisão favorável aos embargos de declaração das vítimas do esquema criminoso menciona o superintendente da Receita Federal na 7ª Região Fiscal e o chefe do Escritório de Corregedoria da mesma região como os responsáveis por utilizar seus cargos para prejudicar colegas. Outro envolvido identificado por quebrar sigilos de forma indiscriminada com motivações obscuras é Christiano Paes Leme Botelho, ex-chefe do Escritório da Corregedoria da Receita Federal no Rio de Janeiro.
Consequências e Desdobramentos
Durante o período em que a quadrilha atuava na Receita Federal, valendo-se da ‘força-tarefa’ de Curitiba como proteção para suas chantagens e extorsões, descobriu-se que pelo menos 134 autoridades e seus familiares foram alvo de investigações fraudulentas. Ainda não se sabe ao certo quantas vítimas concordaram em pagar propina para evitar ações do Estado ou de grupos paralelos, como auditores corruptos. Esses casos levantam questões sobre a integridade do sistema e a necessidade de medidas para coibir tais práticas ilícitas.
Fonte: © Conjur
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