Presidente dos EUA ressaltou a necessidade de fortalecer a capacidade de defesa da OTAN.
No começo da reunião do Conselho Atlântico Norte, nesta quarta-feira (10), em Washington, o presidente dos Estados Unidos reiterou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está mais forte do que nunca e ressaltou a relevância de fortalecer e modernizar a capacidade de defesa dos diversos países. ‘Vamos defender cada centímetro da Otan e vamos fazê-lo em conjunto’, declarou.
O presidente também enfatizou a importância das alianças internacionais, como o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, para garantir a segurança e estabilidade global. A cooperação entre os países membros da Otan e do Tratado Interamericano é fundamental para enfrentar os desafios atuais e futuros de forma eficaz e unida.
OTAN: Aliança do Tratado do Atlântico Norte
Na parte pública da reunião, a que os meios de comunicação tiveram acesso, o presidente dos Estados Unidos destacou, no discurso de abertura, que os Estados Unidos estiveram na origem da OTAN com o objetivo de ‘criar um escudo’ de proteção idealizado pelo então presidente, Harry Truman. ‘Os nossos países têm crescido e prosperado protegidos por esse escudo da OTAN. Hoje somos mais fortes do que nunca’, assinalou Joe Biden, lembrando algumas das conquistas recentes da Organização do Tratado do Atlântico Norte, nomeadamente a adesão da Suécia e da Finlândia.
Um novo ‘eixo do mal’? No contexto da guerra na Ucrânia, o presidente norte-americano sublinhou a necessidade de ‘fortalecer a base industrial’ perante o aumento de produção de armamento por parte da Rússia. ‘Neste momento, a Rússia trilha uma senda de guerra no que toca à produção de Defesa. Acelerou significativamente a produção de armas, munições e veículos’, acusou. Esse reforço, apontou Biden, está a ser levado a cabo com a ajuda da China, Coreia do Norte e Irã. ‘Não podemos permitir que a nossa aliança fique atrás deles’, vincou.
Ainda antes destas palavras de Joe Biden, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, tinha insistido que o esforço de apoio à Ucrânia ‘não é caridade, é do nosso próprio interesse a nível de segurança’. O responsável defendeu ainda o reforço de parcerias para contrariar ‘o crescente alinhamento da Rússia, China, Irão e Coreia do Norte’. O presidente dos Estados Unidos assinalou ainda, na sua intervenção, que vários países estão assumindo um compromisso de aumentar a base industrial de defesa, uma contenda que iniciativa ‘vai enviar uma mensagem para o mundo’.
‘Todos os países da OTAN empenhados em fazer a sua parte, podem manter a Aliança forte (…) Podemos e vamos defender cada centímetro da OTAN, e vamos fazê-lo em conjunto’, asseverou. No caso concreto dos Estados Unidos, Biden assinalou que a sua administração já investiu US$ 30 mil milhões na indústria de Defesa ‘para reiniciar ou expandir a produção em 35 dos nossos Estados’, o que resulta em ‘cadeias de distribuição mais fortes, uma economia mais forte, Forças Armadas mais fortes e uma nação mais forte’, defendeu ainda.
OTAN: Reforço da Capacidade de Defesa
Portugal quer alcançar meta até 2029 Na reunião da Cúpula, o primeiro-ministro português anunciou que o governo português irá antecipar para 2029 a meta de gastar dois por cento do PIB em Defesa, um compromisso renovado e reforçado no seio da aliança desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022. Portugal é um dos países que ainda não alcançou esta meta, mas Luís Montenegro adiantou esta quarta-feira que o Governo português tem ‘um plano credível’ para o alcançar, plano esse que já foi formalizado numa carta enviada ao secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. Este investimento tem por base a componente humana, com a retenção e recrutamento de pessoal nas Forças Armadas portuguesas, assim como o apoio a ex-combatentes. Por outro lado, o executivo português prevê também um investimento em aquisição de equipamento.
Fonte: @ Agencia Brasil
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