Investigação de falso causídico por abrir instituição financeira para aplicar golpes; não há persecução penal devido aos serviços financeiros fraudulentos.
De acordo com o portal Migalhas, um falso advogado está sendo investigado por criar uma instituição financeira fraudulenta para enganar fazendeiros em golpes milionários. Ruy Rodrigues Santos Filho é o nome por trás do esquema, no qual foi denunciado por desaparecer com cerca de R$ 5,8 milhões dos investidores. As vítimas alegam que o falso advogado operava inicialmente em Feira de Santana/BA, sua cidade natal.
Esse tipo de ação criminosa perpetrada por um fraudador é extremamente danosa para as vítimas que confiaram suas economias a um impostor. É fundamental que golpes como esse sejam denunciados e que a justiça seja feita para punir esse tipo de criminoso e proteger potenciais futuras vítimas. A atuação de um falso advogado nesse contexto é uma clara violação da confiança que a sociedade deposita em profissionais devidamente habilitados, sendo necessário um combate eficaz contra esse tipo de crime.
O perigoso caminho do falso advogado
O indivíduo em questão, conhecido como falso causídico, está diretamente envolvido em um esquema de fraude e manipulação que persiste desde 2004. Sua conduta como impostor veio à tona após ele ser intimado pelas autoridades locais sob a acusação de aplicar golpes utilizando documentos falsos, fazendo-se passar por um advogado respeitável. A partir desse momento, sua trajetória tornou-se sinuosa e repleta de atividades criminosas.
Em 2009, a situação se agravou quando ele foi detido por utilizar indevidamente a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pertencente a seu pai, Ruy Rodrigues Santos. Mesmo com a prisão preventiva, o fraudador conseguiu pagar fiança e deixar a detenção, dando continuidade às suas ações ilícitas. Sua mudança para Brasília em busca de uma ‘nova vida’ não representou uma mudança real em seu comportamento como criminoso.
Anos depois, em abril de 2022, ele finalmente foi confrontado com um acordo de não persecução penal, confessando abertamente sua atuação ilegal como advogado. Contudo, isso não o impediu de continuar sua jornada de fraudes e enganações. Enquanto se mantinha sob a pretensão de ser um representante legal, ele estabeleceu o fictício Banco Agro, iludindo fazendeiros abastados com promessas de serviços financeiros que a instituição nunca poderia oferecer.
É importante salientar que essa entidade simulada não possui autorização válida do Banco Central para administrar qualquer tipo de operação financeira. Mesmo assim, o impostor foi hábil em persuadir potenciais investidores a acreditarem em sua farsa, resultando em desvios de fundos significativos. As investigações públicas revelam um prejuízo de pelo menos R$ 5,8 milhões causado por suas práticas ardilosas, uma quantia que pode representar apenas a ponta do iceberg em termos de suas atividades criminosas.
Mesmo com breves períodos sob custódia policial, o fraudador sempre encontra uma maneira de se libertar, muitas vezes recorrendo ao pagamento de fianças. Sua capacidade de escapar das consequências de seus atos ilícitos é preocupante e ressalta a importância de medidas rigorosas para coibir a atuação desses criminosos astutos. A saga do falso advogado é um lembrete vívido dos perigos que indivíduos como ele representam para a sociedade e para a integridade do sistema legal e financeiro.
Fonte: © Direto News
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