Equipamento de madeira com óxido de alumínio promete revolucionar atividades espaciais humanas com satélite em órbita de 400 km e estação espacial internacional renovável.
Os cientistas japoneses agora podem estudar madeira de maneira inédita, após o lançamento do satélite LignoSat, no espaço, no dia 5 de março. O satélite é resultado de uma parceria entre pesquisadores da Universidade de Kyoto e da empresa Sumitomo Forestry, com o intuito de desvendar os segredos da madeira na Estação Espacial Internacional.
Com o objetivo de compreender melhor a madeira, o satélite utilizará um carregamento de 1,3 kg, composto por fragmentos de madeira japonesa, para realizar experimentos no espaço. Os resultados obtidos poderiam, por exemplo, ajudar a desenvolver tecnologias para a produção de materiais mais leves e resistentes, o que pode ser uma grande mudança na madeira como matéria-prima.
Explorando o Futuro da Construção com Madeira no Espaço
Em uma iniciativa ambiciosa, a equipe de Takao Doi, um astronauta experiente, está desenvolvendo um satélite de madeira de apenas 10 centímetros de comprimento, chamado LignoSat, para provar o potencial do material renovável na exploração espacial. O nome ‘LignoSat’ é uma homenagem à palavra latina para ‘madeira’, e a equipe visão construir casas e prédios de madeira na Lua e em Marte.
Desenvolvendo um Material Pelo Homem
Com um plano de 50 anos para plantar árvores e construir casas de madeira no espaço, a equipe de Doi decidiu desenvolver um satélite certificado pela Nasa para demonstrar a qualidade espacial do material. ‘Os aviões do início dos anos 1900 eram feitos de madeira’, lembrou o professor de ciências florestais, Koji Murata. ‘Um satélite de madeira também deve ser viável.’
A Madeira no Espaço: Uma Oportunidade Renovável
A madeira é mais durável no espaço do que na Terra, porque não há água ou oxigênio que possam apodrecê-la ou inflamá-la, como explicou Murata. Além disso, satélites de madeira minimizam o impacto ambiental no final de sua vida útil, pois não criam detritos espaciais poluentes, como os satélites de metal.
Um Modelo para o Futuro da Exploração Espacial
Os satélites convencionais de metal podem criar partículas de óxido de alumínio durante a reentrada na atmosfera, enquanto os satélites de madeira simplesmente queimariam, com menos poluição. ‘Satélites de metal podem ser banidos no futuro’, especulou Doi. ‘Se pudermos provar que nosso primeiro satélite de madeira funciona, queremos lançá-lo para a SpaceX de Elon Musk.’
Fonte: © G1 – Tecnologia
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