Entidade suspende 7 e 8 rodadas Brasileirão, sob pressão de 15 Série A clubs. Reorganização de jogos: maioria de votos forma, calendário apertado. Intervalo de 66 horas entre partidas. Renegociação com direito-detentores transmissão e patrocinadores. Rodadas revisão acordo.
Nesta quarta-feira (15), houve uma reviravolta no cenário do futebol brasileiro com a paralisação temporária das rodadas 7 e 8 do Brasileirão. A decisão veio após a CBF atender ao pedido de 15 clubes da Série A, que buscavam a suspensão dos jogos em meio a um cenário de incertezas e pressões.
Apesar da paralisação momentânea, as demais competições do futebol nacional continuarão em andamento, sem qualquer suspensão prevista. A medida tomada pela CBF reflete a preocupação dos clubes com a segurança e a integridade dos atletas em meio a um momento delicado para o esporte.
Pressão e Suspensão no Brasileirão: Times se Manifestam
Ao todo, 15 clubes do Brasileirão expressaram o desejo de adiar os jogos. Atlético-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Bahia, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude, Vasco e Juventude foram favoráveis à suspensão das partidas. Por outro lado, Flamengo, Palmeiras e São Paulo oficialmente se opuseram à paralisação.
Corinthians e Red Bull Bragantino emitiram notas oficiais, com o primeiro optando por não se posicionar e o segundo apoiando a pausa, embora tenha sido ignorado pela CBF. A entidade informou que não houve consenso entre os times que buscavam a suspensão, resultando na continuidade dos jogos.
Enquanto as Séries B, C e D, Copa do Brasil, e competições femininas seguirão normalmente, exceto as partidas envolvendo equipes gaúchas, nos bastidores, a pressão foi intensa. A Liga Forte Futebol, maioria entre os clubes da Série A, obteve uma vitória ao defender a paralisação, mesmo com a resistência da CBF.
A irritação foi evidente, com a entidade não considerando a paralisação como uma opção viável. A cúpula da CBF ficou descontente ao ceder à pressão das equipes. O principal argumento contra a paralisação foi o calendário apertado, que agora exigirá a realocação dos jogos durante a Data Fifa, resultando em desfalques nas equipes.
A CBF destacou a necessidade de renegociar contratos com detentores de direitos de transmissão e patrocinadores, revisar o intervalo de 66 horas entre as partidas e lidar com o apertado calendário de 2025, devido ao novo formato do Mundial de Clubes. A entidade se isenta de culpa em relação ao calendário, responsabilizando os clubes que solicitaram a suspensão.
Após a pausa no Brasileirão, a CBF planeja realizar diversas mudanças, incluindo renegociações contratuais, análise de impacto nos contratos dos jogadores, possíveis ajustes nas férias dos atletas, impactos nas relações sindicais e acordos com o Ministério Público do Trabalho, e o ajuste do calendário de 2025 para acomodar o novo Mundial de Clubes.
Fonte: @ ESPN
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