Homicídio doloso triplamente qualificado de congolês em quiosque segue sem conclusão judicial; pagamento de honraria estadual está atrasado.
Moïse Kabagambe foi agraciado hoje com uma Medalha Tiradentes post-mortem na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que é reconhecida como a mais alta distinção do estado. O congoles foi brutalmente agredido até a morte em um quiosque na capital fluminense em 2022. De acordo com os familiares, as agressões aconteceram após ele ter exigido um pagamento em atraso.
A comunidade congolêsa no Rio de Janeiro prestou homenagens a Moïse Kabagambe, destacando sua coragem e determinação. A violência que resultou em sua morte chocou a todos, ressaltando a importância de combater a intolerância e promover a justiça em nossa sociedade.
Moïse, Kabagambe; Recebe Medalha Tiradentes Post Mortem
Presentes na solene cerimônia, a genitora e o irmão de Moïse, Kabagambe; expressaram sua gratidão pela honraria concedida, considerando-a um meio significativo de preservar a memória do falecido e de pressionar o sistema judiciário para que o caso seja concluído. Três indivíduos acusados de atacar Moïse, Kabagambe; enfrentarão um julgamento popular e serão responsabilizados por homicídio doloso triplamente qualificado. Contudo, a data para o início do julgamento ainda não foi estabelecida.
A entrega da Medalha Tiradentes a Moïse, Kabagambe; post mortem, representado por sua mãe, Lotsove Lolo Lay Ivone, foi um momento emocional e carregado de significado. Lotsove Lolo Lavy Ivone, mãe de Moïse, Kabagambe;, compartilhou suas emoções, descrevendo o peso que carrega em seu coração e a dificuldade de lidar com a perda de seu filho. Ela expressou sua gratidão pela honraria concedida a Moïse, Kabagambe;, enfatizando a importância de manter viva a memória dele.
Maurice Magbo, irmão de Moïse, Kabagambe;, também se pronunciou durante a cerimônia, destacando a dor contínua que a família enfrenta desde a tragédia. Ele ressaltou a importância de evitar que situações semelhantes ocorram com outros imigrantes e jovens negros, enfatizando a necessidade de justiça e proteção para essas comunidades vulneráveis.
A sessão solene foi conduzida pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Alerj, a deputada estadual Dani Monteiro (PSOL). A deputada enfatizou a importância de acompanhar de perto o andamento do processo judicial, ressaltando a brutalidade do crime cometido contra Moïse, Kabagambe;. Ela destacou a necessidade de responsabilizar os envolvidos e garantir que a justiça seja feita.
A entrega da medalha a Moïse, Kabagambe; foi vista como uma homenagem não apenas à sua família, mas a toda a comunidade refugiada que encontra no Brasil uma terra de esperança. A deputada Dani Monteiro ressaltou a luta dessas comunidades por uma vida digna e segura, destacando a importância de políticas inclusivas e diversificadas para acolher os refugiados.
O evento, intitulado ‘Migrar é um direito humano’, coincidiu com o Dia Mundial dos Refugiados, celebrado em 20 de junho. Durante a cerimônia, líderes e organizações dedicadas aos direitos dos refugiados foram agraciados com o Prêmio Marielle Franco, em reconhecimento aos seus esforços na defesa dos direitos humanos. As ONGs Abraço Cultural, Haiti Aqui, Venezuela Global, Associação Mawon, LGBT+ Movimento, e Eliane Vieira Almeida foram algumas das premiadas, destacando o compromisso com a proteção e integração dos refugiados e migrantes em nossa sociedade.
Fonte: @ Agencia Brasil
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