Confira análises da ESPN sobre as chegadas de Flick e Kompany ao Barcelona e Bayern, na janela de transferências e mercado de treinadores.
A temporada europeia ainda não acabou, mas o mercado técnico já está agitado com a janela de transferências em pleno vapor.
Enquanto os clubes buscam reforçar seus elencos, os treinadores também estão de olho em novos talentos para a próxima temporada.
Técnico: Vai-e-Vem de Treinadores nos Grandes Clubes Europeus
E também no movimentado mercado de treinadores, onde Barcelona e Bayern de Munique, duas das principais potências do continente, anunciaram os seus novos comandantes. Após as respectivas saídas de Xavi e Thomas Tuchel, o Barça fechou a chegada do alemão Hansi Flick, enquanto os bávaros apostaram em Vincent Kompany. As escolhas feitas pelos clubes já geram debates – e por serem apostas diferentes do comum.
Livre no mercado desde setembro de 2023, quando deixou o comando da Alemanha, Hansi Flick será apenas o terceiro técnico alemão a comandar o Barcelona na história, após Hennes Weisweiler (1975-76) e Udo Lattek (1981-83). Ele chega após uma verdadeira ‘confusão’ nos bastidores do clube, que ‘demitiu’ Xavi duas vezes em uma mesma temporada. Seu principal trabalho aconteceu na temporada 2019/20, quando o Bayern ganhou a Tríplice Coroa (Bundesliga, Copa da Alemanha e Champions League) e encantou o futebol europeu com um jogo bastante ofensivo.
Não é bem DNA, mas tem um estilo que pode encaixar mais na linha Luis Enrique do que na linha Guardiola, opinou Ubiratan Leal sobre a escolha do Barça pelo alemão. Ele tende a ser ofensivo, protagonista e isso encaixa com a ideia do Barcelona, mas tende a ser mais vertical, mais direto, do que o Barcelona típico que a gente imagina, que é mais de uma escola holandesa. O futebol hoje é mais vertical. O próprio Guardiola hoje não é o mesmo técnico. Acho que é uma boa escolha muito por isso também. Vai preservar ideias do que é o barcelonismo, mas trazer um algo a mais, comentou Fernando Campos.
Treinador: Desafios e Expectativas no Mercado de Treinadores
O Kompany é uma aposta, não é realidade ainda: Fernando Campos e Ubiratan Leal debatem escolha do Bayern. Treinador belga saiu do Burnley, rebaixado na Premier League, para substituir Thomas Tuchel no comando do time alemão. Já Kompany, que atuou profissionalmente até 2020 e iniciou a carreira de treinador no mesmo ano, chega com a desconfiança por ainda ser um técnico jovem e que foi rebaixado na vice-lanterna da Premier League com o Burnley, depois de trazer o clube de volta à elite com o título da Championship na temporada retrasada.
O Bayern será o primeiro grande clube no currículo do belga, que também passou pelo Anderlecht, clube onde se aposentou. Kompany terá de provar que, assim como nos tempos de zagueiro do Manchester City, também pode ser campeão à frente de um gigante como técnico. Acho bem ousado da parte do Bayern, porque o Kompany tem três temporadas como treinador na carreira, pontuou Ubiratan Leal. O Bayern está contratando muito por uma cara nova, por apostar em uma cara diferente, uma figura que tem um espírito de liderança da época de jogador. Mas tem um risco grande. O Kompany zagueiro era uma pessoa enorme dentro do futebol, mas como treinador ainda é pequeno, complementou. A gente enxerga muito mais o jogador do que o técnico, por mais que a campanha no Burnley tenha sido excepcional na temporada passada. Ele até teve bons jogos esse ano, mas a forma de contratar do Bayern nunca é essa. Nunca.
Fonte: @ ESPN
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