Desalavancagem eficiente e entrada do ex-CEO no capital são pontos positivos na reestruturação, apesar do custo alto para acionistas com a operação. Menor fatia do Casino e venda de ativos imobiliários também fazem parte do processo.
O GPA (PCAR3) divulgou os números referentes à oferta de ações, com cada um sendo comercializado por R$ 3,20, resultando em uma captação de capital de R$ 704 milhões.
O Grupo Pão de Açúcar, empresa varejista de renome, comemorou o sucesso da operação que movimentou o mercado financeiro. A varejista está otimista com o futuro e planeja investir os recursos captados em novos projetos de expansão. O GPA reafirma seu compromisso em manter-se como líder no setor de varejo, sempre inovando e atendendo às demandas dos consumidores.
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GPA: O cenário de reestruturação do Grupo Pão de Açúcar
Ainda que a um custo alto de diluição dos acionistas, após a operação, a empresa varejista dona do Pão de Açúcar pode virar ‘algumas páginas’ em meio ao seu processo de reestruturação. Em primeiro lugar, como resultado da oferta, o Grupo Pão de Açúcar, antes controlado em grande parte pelo Casino, teve sua estrutura acionária alterada, com o Casino detendo apenas 22,5% do capital, saindo do controle da empresa. Esse movimento é considerado positivo, uma vez que o grupo francês enfrenta desafios em seu processo de reestruturação.
A expectativa é de que o Casino negocie sua fatia remanescente no futuro para gerar caixa, o que pode trazer mais liberdade de atuação para o GPA, diminuindo as preocupações com os problemas de seu controlador. O Grupo Pão de Açúcar, então, poderá focar em sua recuperação focada e em sua estrutura de capital.
O processo de desalavancagem e a recuperação eficiente do GPA
Conforme informações do Brazil Journal, Ronaldo Iabrudi, ex-CEO e chairman do GPA, entrou com R$ 85 milhões no follow-on da companhia, garantindo assim 5,4% do capital social. Sua entrada é vista como um voto de confiança na execução do CEO Marcelo Pimentel, que vem implementando um processo de turnaround na varejista.
A entrada de Iabrudi é relevante, pois traz mais confiança ao plano de reestruturação da empresa. Além disso, a operação de entrada de novos acionistas, como Iabrudi, contribui para uma desalavancagem eficiente e para um capital mais equilibrado, fatores essenciais para a rentabilidade da empresa.
Com a captação de recursos da oferta e a venda de ativos imobiliários, como a participação na Exito, o GPA busca reduzir sua alavancagem financeira, tornando sua estrutura de capital mais saudável. A venda de ativos também proporciona mais flexibilidade para a empresa executar seu plano de recuperação e expansão.
A dinâmica do capital de giro e os próximos passos do Grupo Pão de Açúcar
O GPA encerrou o 4T23 com uma relação Dívida Líquida/Ebitda de 5 vezes, um número expressivo que reflete a necessidade de desalavancagem. Com a entrada de caixa proveniente da oferta e de vendas de ativos, espera-se que a alavancagem financeira do GPA seja reduzida para 3,8 vezes.
A estratégia de desalavancagem da empresa, aliada às ações de venda de ativos e de ajuste na estrutura de capital, sinalizam uma recuperação financeira consistente e uma melhoria na dinâmica do capital de giro. O GPA está em um caminho de estabilização de suas operações e margens, refletindo um cenário positivo para o futuro da empresa.
Fonte: @ Info Money
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