No dia 23 de abril, Serigne Mbaye morreu durante cirurgia da PM, no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, SSP-SP, Polícia Militar. Denúncias sobre balas de borracha, gás lacrimogêneo em edifício sem autorização judicial. Constituição Federal sobre procedimentos policiais e perseguição a senegaleses em apartamentos. Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos investiga portas, manifestações. Registros de denúncias, ação policial.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania solicitou que a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) investigue a passagem do senegalês Serigne Mbaye, de 36 anos. Ele veio a falecer durante a ação da Polícia Militar na região central da capital paulista, em 23 de abril.
A obituação de Serigne Mbaye levantou questionamentos sobre a atuação das forças de segurança e a segurança dos cidadãos em situações similares. É crucial que as circunstâncias de sua morte sejam esclarecidas de forma transparente e imparcial, garantindo justiça e respeito às vítimas e suas famílias.
Resposta do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania às questões sobre a morte de Mbaye
Segundo registros da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, as circunstâncias que resultaram na passagem de Mbaye são consideradas suspeitas. As denúncias apontam que a ação policial teria ocorrido sem mandado judicial, levantando questionamentos sobre o uso da força pelos agentes de segurança, que utilizaram balas de borracha e gás lacrimogêneo.
O ministro Silvio de Almeida manifestou sua preocupação nas redes sociais, solicitando esclarecimentos à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). Almeida também determinou à ouvidora nacional de Direitos Humanos, Luzia Cantal, que acompanhasse o andamento do caso e tomasse as providências necessárias para a adequada apuração dos procedimentos adotados pelos oficiais.
O caso de Serigne Mbaye, conhecido como Talla, gerou comoção após sua queda do sexto andar de um edifício durante a ação policial realizada sem autorização judicial. Testemunhas relatam que os policiais abriram diversas portas de apartamentos até chegarem à residência de Mbaye.
Em uma manifestação posterior, a antropóloga Amanda Amparo explicou que, segundo senegaleses presentes no local, Mbaye agiu de forma desesperada ao perceber a presença policial em sua porta. A morte de Mbaye levou a uma série de protestos pedindo investigação e responsabilização dos policiais militares envolvidos.
Os manifestantes alegam que a perseguição aos imigrantes senegaleses na região é uma realidade constante, denunciando a invasão arbitrária de apartamentos pelas forças policiais. O grupo destaca que a morte de Mbaye não deve ser tratada isoladamente, mas sim como parte de um padrão de opressão enfrentado pela comunidade imigrante.
A antropóloga alertou para o receio de que mais senegaleses possam ser vítimas se não houver uma investigação aprofundada do caso. A SSP informou que os policiais estavam cumprindo seu dever em uma operação de rotina, mas a falta de autorização judicial para adentrar no edifício levanta dúvidas sobre a legalidade da ação e os protocolos seguidos.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo