Convênios são firmados com organismos focados em monitoramento e integridade esportivas, utilizando tecnologia própria, visando cuidar da imagem do esporte no Brasil.
O governo brasileiro entrou em um acordo estratégico para fortalecer a integridade no mercado de apostas esportivas, firmando um convênio com quatro organismos independentes. As empresas de monitoramento e integridade, Genius Sports, International Betting Integrity Association (IBIA), Sport Integrity Global Alliance (Siga e Siga Latin America) e Sport Radar, foram escolhidas por sua atuação internacional e compromisso em coibir a manipulação de resultados.
Com a assinatura do convênio, o governo brasileiro demonstra seu compromisso em proteger a integridade esportiva e evitar a manipulação de resultados no mercado de apostas. A parceria com essas empresas de monitoramento e integridade visa garantir que as apostas sejam feitas de forma justa e transparente. A cooperação com essas organizações irá fortalecer a capacidade do país de coibir a manipulação de resultados e manter a integridade no esporte. Com essa medida, o governo brasileiro está demonstrando sua determinação em proteger a integridade esportiva e assegurar que as apostas sejam feitas de forma justa e transparente.
Convênio se estreia no Brasil com parceria de alto nível
O Ministério da Fazenda e do Esporte está a reboque do ambiente internacional em campanha de monitoramento de apostas e combate à manipulação de resultados esportivos. Regis Dudena, secretário de Prêmio e Apostas, destacou que o governo brasileiro está alinhado com o mundo na busca por soluções eficazes para mais um problema que acomete a sociedade. ‘Queremos todos que se preocupem e que possam nos ajudar com tarefas difíceis no cenário internacional. Estados no Brasil e em outras partes do mundo tratam a atividade de apostas como algo que precisa ser regulada para lidar com externalidades negativas,’ disse. Ele ressaltou a necessidade de evitar manipulação de resultados. ‘A mais relevante a ser tratada hoje em dia é a manipulação de resultados,’ disse Regis Dudena.
O secretário indicou que esses organismos irão melhorar o setor de apostas no Brasil. ‘Vamos aprender com o mundo. Compartilhar dados e conhecimento com esses organismos, além da formação de servidores,’ explicou. Giovanni Rocco Neto, secretário Nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte do Ministério do Esporte, destacou que a grande preocupação do governo é cuidar da imagem do esporte brasileiro. ‘Temos preocupação com a imagem e com a integridade do esporte. Temos de ser rápidos e eficientes na punição e apuração de eventuais eventos de manipulação de resultados, não só no futebol. A gente tem uma preocupação com esportes de auto rendimento, de esporte individual, tênis, judô, boxe,’ acrescentou Giovanni Rocco Neto. Ele também destacou que a manipulação de resultados é um problema que pode afetar qualquer esporte.
Os representantes das empresas destacaram a importância dos acordos firmados. ‘Temos 160 parceiros ao redor do mundo, com os quais compartilhamos dados e tecnologia para coibir manipulação e fraude. Esporte sem credibilidade afeta não só atletas, apostadores e profissionais que precisam do esporte para sobreviver,’ disse João Amaral, representante da Genius Sports. Sérgio Floris, da Sport Radar, destacou que acredita que o Brasil vai deixar a liderança de um ranking mundial de manipulação de resultados compilado pela empresa.
A parceria entre o governo e as empresas é essencial para o monitoramento de apostas e o combate à manipulação de resultados. ‘Isso não quer dizer que a luta acaba, mas é uma forma de mostrar trabalho sério que o governo e as organizações vêm fazendo,’ acrescentou. Graham Tidey, da International Betting Integrity Association, avaliou que essa parceria é fundamental. A informou que IBIA monitora 125 marcas, e mais de US$ 300 bilhões, sendo a maior entidade de monitoramento independente do mundo.
Manoel de Medeiros, Sport Integrity Global Alliance (Siga e Siga Latin America), estimou que as apostas esportivas somam de US$ 3 trilhões a US$ 5 trilhões por ano no mundo. ‘O governo do brasil encarou de frente um problema de contornos extremamente complexos e de impacto bastante significativo,’ declarou.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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