Sindicância instaurada pela Secretaria Estadual de Saúde, no Rio de Janeiro, após oito pacientes infectados com HIV por sangue transplantado.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro enfrenta um grave problema com o HIV, após seis pacientes que receberam órgãos transplantados no estado serem infectados pela doença. A pasta informou que uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e fornecer assistência médica adequada.
De acordo com a informação, todos os testes foram realizados pela empresa PCS Laboratórios, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A empresa é especializada em exames de laboratório e acredita-se que o erro tenha ocorrido durante o processamento dos testes. A Secretaria Estadual de Saúde está trabalhando em conjunto com a empresa para identificar os responsáveis pelo erro e garantir que o problema não seja repetido. Além disso, a pasta está investigando se o erro foi o único e se outros pacientes também foram afetados. As autoridades estão determinadas a garantir a segurança dos pacientes e a manter a confiança no sistema de saúde pública.
Infecção por HIV: um desafio multidisciplinar
O grupo contratado por emergência pela Fundação Saúde foi responsável pelo programa de transplantes, mas a sua atividade foi interrompida imediatamente após a Secretaria tomar conhecimento de incidentes relacionados ao HIV. O laboratório, por sua vez, já foi cautelarmente interditado. A Secretaria informou que está a realizar um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data em que o laboratório foi contratado. Uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis. O serviço de transplantes no estado do Rio de Janeiro é um dos mais importantes do país, com um trabalho de excelência ao longo dos anos. Desde 2006, já salvou mais de 16 mil vidas.
A reavaliação de amostras de sangue e a identificação dos responsáveis pelo HIV na cadeia de transplantes são prioridades do serviço de saúde do estado. A secretaria reforçou que a situação é sem precedentes, destacando a importância de manter a confiança dos pacientes e a comunidade.
Fonte: © TNH1
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