Armamento apreendido no interior de SP, incluindo carabinas e embalagens de cocaína.
Na cidade de Aguaí, localizada no interior do estado de São Paulo, uma operação conjunta entre a Polícia Civil e outros órgãos de segurança do estado resultou na apreensão de oito fuzis e duas carabinas. A polícia suspeita que esses armamentos seriam utilizados por grupos criminosos especializados em crimes violentos, como os chamados ‘comandos do povo’ que, com o apoio de facções criminosas, têm dominado cidades inteiras para cometer roubos de bancos e carros-fortes.
É importante destacar que a polícia paulista tem enfrentado desafios significativos no combate ao crime organizado, com grupos criminosos se agrupando em facções, como a _Primeiro Comando da Capital_ (PCC), que se expandiram para outras regiões, inclusive para o estado de São Paulo, onde se associaram a outras facções criminosas locais, criando uma rede de forças armadas no cenário criminl. Além disso, a polícia tem enfrentado uma crescente competição por recursos, o que tem dificultado a eficácia das operações contra esses grupos. Nesse contexto, a apreensão desses armamentos é um passo importante na tentativa de restringir o acesso desses grupos às armas pesadas, visando reduzir a capacidade deles de cometer crimes violentos e garantir a segurança das comunidades afetadas.
Armas do Exército Boliviano e Cocaína são Apreendidas
Três fuzis do Exército da Bolívia, além de carabinas e mais de 1.500 quilos de cocaína, foram encontrados em um caminhão no sítio de um suspeito em Aguaí, no interior de São Paulo. Três homens foram presos no local. O sítio pertence a Carlos Henrique Valente Mariano, 43, e teria sido usado como entreposto da droga, que seria distribuída para vários outros municípios.
A investigação, conduzida pela 4ª Delegacia do Patrimônio, durou quatro meses e descobriu que os fuzis pertencem ao Exército boliviano, do modelo FAL calibre 7,62. Eles foram identificados pois têm encravado o brasão de armas do país. O valor das armas é estimado em R$ 860 mil.
A cocaína apreendida valería cerca de R$ 30 milhões, nos cálculos do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). A quadrilha investigada estava baseada em Paulínia (SP) antes de migrar para Aguaí, cerca de 80 quilômetros ao norte.
De acordo com a polícia, a principal dificuldade da investigação era o fato de que vários veículos eram usados ao mesmo tempo nos locais onde se fazia a troca de armas e drogas. ‘Perdemos eles, às vezes, por minutos’, disse o delegado Fábio Pinheiro Lopes, titular do Deic.
A polícia também suspeita de uma ligação financeira entre a venda de drogas do PCC e as quadrilhas que praticam assaltos nos moldes do novo cangaço. ‘O novo cangaço é um meio de financiar o tráfico de drogas: eles investem para obter dinheiro, lucro para financiar o tráfico de drogas. Não tem como separar uma coisa da outra’, disse o delegado Fabio Sandrin, da 4ª Delegacia do Patrimônio.
Os equipamentos do Exército boliviano foram embalados nas caçamas de um caminhão, junto com a cocaína. A polícia afirma que a droga e as armas podem ter chegado até o local via Mato Grosso. Outro suspeito preso, Marcelo Eduardo Nogueira de Souza, 31, o Alemão, já tinha sido preso por tráfico de drogas em Mato Grosso.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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