Hospitais, bancos e aeroportos globais paralisados na madrugada de quinta devido a falhas em sistemas de segurança.
O apagão cibernético global desta sexta-feira (19) causou um alvoroço repentino em diversos setores, como o empresarial, de saúde, tecnologia e governamental. Em menos de 12 horas, muitos sistemas de computadores foram paralisados, deixando especialistas e usuários perplexos com a extensão do problema. Como lidar com essa situação de crise tecnológica em escala mundial?
Enquanto alguns setores conseguiram se recuperar rapidamente dessa pane cibernética, outros ainda enfrentam interrupções de sistemas e falhas tecnológicas. A complexidade dessa falha tecnológica revela a vulnerabilidade dos sistemas digitais em um mundo cada vez mais interconectado. Como garantir a segurança cibernética e a resiliência diante de eventos tão impactantes como um apagão cibernético global?
Apagão cibernético: Impacto global na madrugada de quinta para sexta
Durante a madrugada de quinta-feira para sexta, uma pane cibernética afetou diversos estados norte-americanos, como Alasca e Arizona, resultando em interrupções no serviço de emergência 911. Além disso, hospitais enfrentaram problemas tecnológicos, conforme relatado por enfermeiras de plantão.
Entre 3h e 4h no horário de Brasília, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) anunciou a suspensão de todos os voos das companhias Delta e American Airlines. Poucos minutos depois, os voos da United e Allegiant Airlines também foram afetados, independentemente do destino. A Spirit Airlines informou que seu sistema de reserva de voos também sofreu com a falha tecnológica.
Mais tarde, entre 6h e 7h, os sistemas de transporte público no Nordeste dos EUA começaram a relatar impactos. Em Washington, DC, os serviços de transporte público, incluindo trens e ônibus, enfrentaram atrasos, conforme a Washington Metropolitan Area Transit Authority.
Na cidade de Nova York, a Metropolitan Transportation Authority, a maior rede de transporte da América do Norte, teve seus sistemas de informação ao cliente temporariamente offline, embora os serviços de trem e ônibus tenham permanecido operacionais.
Às 6h30, a empresa de segurança cibernética dos EUA, CrowdStrike, alertou seus clientes sobre relatos de falhas em seu software em sistemas operacionais Microsoft Windows. O software da CrowdStrike, utilizado por diversas empresas da Fortune 500, é responsável por detectar e bloquear ameaças de hacking.
Investigações em andamento: Casa Branca ciente do apagão cibernético
Entre 7h e 8h em Brasília, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca confirmou à CNN Internacional que estavam investigando o incidente e seus impactos. Uma fonte da Casa Branca mencionou que não havia evidências de atividade maliciosa, mas as investigações continuavam.
Bancos globais, como o Commonwealth Bank da Austrália, o Capitec da África do Sul e o Bank of Israel, começaram a relatar interrupções de serviço. Os credores australianos ANZ e Westpac também foram afetados, segundo relatos do Downdetector, um site especializado em rastrear falhas cibernéticas.
O Downdetector também destacou problemas no ASB Bank da Nova Zelândia. Em resposta à interrupção que afetou o sistema Computer Aided Dispatch do Departamento de Comunicação de Emergência, o prefeito de Portland, Ted Wheeler, declarou estado de emergência. O departamento passou a atender chamadas manualmente, enquanto investigava a origem da falha.
Enquanto isso, a United Airlines e outras empresas afetadas continuavam a lidar com as consequências do apagão cibernético, que deixou uma ampla rede de sistemas e serviços tecnológicos comprometidos.
Fonte: © CNN Brasil
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