Advogados jovens (24-44 anos) redefinem panorama da advocacia brasileira. Mulheres, pretos, baixa renda, norte (Roraima, Maranhão, Piauí, Sergipe) e Direito atraem mudanças em grupos específicos da sociedade brasileira. (148 characteres)
Em meio a mudanças marcantes na sociedade brasileira, a advocacia se destaca como um campo majoritário de atuação dos advogados no Brasil, refletindo essas transformações. A maioria de advogados brasileiros hoje é composta por profissionais jovens, sendo que 55% possuem entre 24 e 44 anos, evidenciando a vitalidade e a modernidade desse segmento.
Esses advogados representativos estão cada vez mais presentes em diferentes áreas do direito, contribuindo de maneira ativa para a evolução e diversificação da profissão. A presença dos advogados jovens é influente e dinâmica, trazendo novas perspectivas e abordagens para os desafios legais contemporâneos, o que enriquece a prática jurídica de forma significativa.
A predominância da jovem advocacia brasileira
A maioria de advogados brasileiros é predominantemente jovem, conforme revelado pelo PerfilADV – 1º Estudo sobre o Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira, realizado em parceria pela OAB e FGV. A idade média dos advogados é de 44 anos, mas varia significativamente entre grupos representativos. Mulheres, pretos e aqueles com baixa renda familiar apresentam médias inferiores, destacando a diversidade no panorama da advocacia no Brasil.
Em média, as mulheres advogadas têm 42 anos, enquanto os advogados pretos possuem uma média de idade de 41 anos. Aqueles com renda familiar até dois salários-mínimos têm a média mais baixa, com 38 anos, mostrando a importância de considerar o contexto socioeconômico ao analisar o perfil da advocacia.
As regiões Norte e Nordeste se destacam por apresentar advogados mais jovens, ambas com média de 41 anos, em contraste com a média de 47 anos na região Sudeste. Estados como Roraima, Maranhão, Piauí e Sergipe possuem as menores médias de idade, inferiores a 40 anos, enquanto o Rio de Janeiro registra a maior média, com 50 anos.
A atratividade do Direito e suas implicações
A juventude predominante na advocacia brasileira reflete, em parte, a percepção da profissão como prestigiada, conforme apontado pelo Observatório Febraban. O curso de ‘Negócios, Administração e Direito’ é o mais procurado, destacando a relevância e a atratividade dessa área profissional.
Apesar do prestígio, o aumento na quantidade de advogados no Brasil, com uma proporção de um para cada 164 habitantes, traz desafios. A proliferação de cursos de Direito, que atingiram 1,8 mil em 2022, levanta preocupações sobre a qualidade da formação jurídica no país. A baixa taxa de aprovação no Exame da Ordem ressalta a necessidade de garantir a excelência na educação jurídica.
A OAB tem se posicionado a favor de medidas para manter altos padrões educacionais e assegurar a competência técnica e científica dos futuros advogados. A renovação constante da advocacia brasileira traz à tona a importância de acompanhar e adaptar a formação profissional às demandas da sociedade e do mercado jurídico em constante evolução.
Fonte: © Migalhas
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