Justiça acatou pedido para não demolir imóveis na Vila devido aos deslizamentos, garantindo habitações após obras de contenção.
O governo do estado de São Paulo solicitou à Justiça a desistência da demolição de imóveis na Vila Sahy, em São Sebastião, no litoral norte. A decisão foi acatada, trazendo alívio aos moradores da região que aguardavam ansiosos por essa notícia de desistência. Com essa reviravolta, novas perspectivas se abrem para a comunidade local que enfrentou grandes desafios desde os deslizamentos no carnaval do ano passado.
Essa decisão representa um ponto de virada após um período de incertezas e preocupações. O ato de renúncia por parte do governo traz consigo a esperança de dias melhores para a Vila Sahy. A comunidade agora aguarda ansiosamente por medidas de apoio e investimentos que possam ser implementados no bairro, promovendo assim sua revitalização e evitando o abandono que tanto temiam.
Processo de Desistência na Vila Sahy
De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), não houve demolição no local, apenas limpeza de ruínas na ocasião dos deslizamentos, e que há um diálogo com a população local sobre um projeto de urbanização, sem nenhuma decisão ainda. A companhia informou que foram entregues 704 habitações para os afetados, após cadastramento das famílias, e ainda tem vagas para cadastro de novas famílias. As obras de contenção estão sendo realizadas pela Prefeitura de São Sebastião.
Decisão de Desistência na Vila Sahy
Segundo a decisão que extinguiu o processo, a população da Vila Sahy, por meio da associação de moradores e da Defensoria Pública de São Paulo, apresentou concordância com o pedido de desistência. O juiz Vitor Hugo Aquino de Oliveira destacou que se trata de uma ação coletiva, em que a parte autora solicitou a desistência, alegando que as ações estão sendo executadas na Vila Sahy em diálogo com a população atingida.
A Associação de Moradores da Vila Sahy (Amovila) comemorou a decisão, porém ressaltou que há pendências a serem resolvidas na região. A entidade afirmou que a luta continua e que qualquer projeto no bairro precisa ser discutido com os moradores, enfatizando a importância da união para buscar soluções conjuntas.
Resolução do Pedido de Desistência
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) havia solicitado a derrubada de 893 residências, mas o pedido de desistência contempla todos os imóveis da região. Moisés Teixeira Bispo, morador local, relatou que a Vila Sahy está em constante obras, trazendo transtornos temporários à população, porém visando benefícios futuros.
Moisés mencionou que as obras de contenção e drenagem em áreas de risco estão em fase final, e após sua conclusão, serão realizados novos estudos de avaliação de riscos. Ele destacou a proximidade entre o poder público e a Associação de Moradores para discutir o projeto de urbanização, visando sempre um diálogo colaborativo.
Proximidade entre Comunidade e Autoridades
O comerciante Poio Estavski ressaltou a importância do diálogo entre a comunidade e as autoridades locais, enfatizando que a união de esforços é essencial para o desenvolvimento sustentável da região. A desistência do processo marca um novo capítulo na busca por soluções conjuntas, priorizando o bem-estar e a segurança dos moradores da Vila Sahy.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo