Pesquisadores de Unifesp e Instituto do Sono descobriram: homocisteína no sangue relacionada a apneia, obstrução do sono, garganta musculatura, risco agravamento, único sistema de saúde, hiper-homocisteinemia quadro, alimentos nutrientes, suplementação.
A avaliação dos níveis de um aminoácido denominado homocisteína pode proporcionar insights preciosos sobre a saúde geral de um indivíduo. A presença elevada de homocisteína no sangue está associada a uma ampla gama de condições médicas, inclusive problemas cardiovasculares. Além disso, a pesquisa mostra que a homocisteína também pode ter um papel crucial na previsão de riscos relacionados à saúde, como a apneia obstrutiva do sono.
É fundamental manter um equilíbrio saudável dos níveis desse aminoácido no organismo para promover uma melhor qualidade de vida. A compreensão dos efeitos da homocisteína no corpo humano permite aos profissionais de saúde adotar estratégias preventivas e intervenções precoces para evitar complicações. Portanto, a monitorização regular da homocisteína pode ser benéfica na prevenção de várias condições de saúde.
Estudo revela a relação entre a homocisteína e a apneia do sono
Um estudo realizado pelo Instituto do Sono e pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o apoio da FAPESP, trouxe à tona a importância da homocisteína na predição do risco de agravamento da apneia do sono em pacientes já afetados pela condição. A pesquisa levanta a questão sobre a possível influência bidirecional entre a apneia e a hiper-homocisteinemia, um desequilíbrio dos níveis do aminoácido no sangue.
Monica Levy Andersen, professora da Unifesp e líder do estudo, destaca a relevância de ampliar a realização do exame de homocisteína em pacientes com mais de 40 anos, independentemente da especialidade médica, como uma medida simples e de baixo custo para o Sistema Único de Saúde (SUS). Essa abordagem poderia fornecer insights valiosos sobre a relação entre a apneia do sono e a homocisteína.
A conexão entre a homocisteína e problemas cardiovasculares é bem conhecida, com evidências de que níveis elevados desse aminoácido podem contribuir para doenças coronarianas, trombose, infarto e AVC. A deficiência de vitaminas do complexo B, responsáveis por regular os níveis de homocisteína, é apontada como uma das causas do quadro de hiper-homocisteinemia.
Vanessa Cavalcante-Silva, pós-doutoranda na Unifesp, destaca a importância de uma alimentação rica em vitaminas B6, B9 e B12, presentes em alimentos específicos, bem como a possibilidade de suplementação como estratégias para controlar os níveis de homocisteína no organismo.
Apneia do sono e a musculatura da garganta: uma relação complexa
O estudo epidemiológico do sono, liderado pelo professor Sergio Tufik da Unifesp, tem se dedicado a investigar a qualidade do sono e a repercussão dos distúrbios do sono na saúde da população de São Paulo. Dados revelados pelo estudo mostram que uma parcela significativa da população paulistana enfrenta problemas como ronco frequente e apneia do sono.
A apneia do sono não traz apenas desconforto durante o sono, mas também está associada ao envelhecimento celular acelerado e a um aumento do risco de diversas doenças, como hipertensão, diabetes e insuficiência cardíaca. O impacto na saúde pública é substancial, exigindo uma abordagem integrada para mitigar os efeitos adversos desse distúrbio do sono.
A investigação da relação entre a apneia do sono e os níveis de homocisteína no sangue dos voluntários do estudo epidemiológico do sono revela uma nova perspectiva sobre os mecanismos subjacentes a essa condição. A análise do índice de apneia e hipopneia por meio da polissonografia oferece insights valiosos para compreender a complexidade dessa interação e suas implicações na saúde cardiovascular e metabólica dos indivíduos.
Fonte: @ Veja Abril
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