A administração do presidente eleito nos EUA ameaça com tarifas de 25% para México e Canadá e de 10% para a China, visando reestruturar acordos comerciais ao seu favor em meio à crise econômica internacional e política.
Em meio a uma crise econômica e financeira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assume a Casa Branca e desenha um cenário de mudança radical no comércio global. A ‘faxina’ prometida por Trump começa a ganhar ritmo, com o objetivo de reorganizar o comércio internacional a partir de janeiro.
As consequências da crise econômica internacional já começam a ser sentidas, e Trump não está disposto a poupar os principais parceiros comerciais dos EUA, como o México, o Canadá e a China. Além disso, a Grã-Bretanha e a União Europeia também podem ser afetadas pela política de Trump, que promete uma mudança revolucionária na forma de fazer negócios no mundo. A crise financeira internacional pode ser agravada caso Trump implemente suas propostas, o que pode levar a consequências negativas para o comércio global.
Crise Econômica Internacional e suas Consequências
A escalada da crise econômica internacional, liderada pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, revelou uma estratégia agressiva de remodelagem do comércio global. O objetivo é assegurar que os Estados Unidos se beneficiem desta reformulação, aproveitando-se da vantagem competitiva sobre os principais mercados. Estes mercados, por sua vez, têm um déficit comercial significativo relativamente às exportações americanas, como os produtos do Canadá, por exemplo, com mais de 400 bilhões de dólares em importações por ano.
O fato de Trump incluir o Canadá em sua lista de alvos, surpreendeu a muitos, uma vez que o próprio presidente havia prometido anteriormente aplicar tarifas apenas à China e ao México. De acordo com Flavio Volpe, presidente da Associação de Fabricantes de Peças Automotivas do Canadá, os EUA importam mais de 400 bilhões de dólares em produtos do Canadá por ano. Metade dos carros fabricados no Canadá são de empresas americanas, e metade das peças que entram em todos os carros fabricados no Canadá vêm de fornecedores dos EUA, e mais da metade das matérias-primas são de fontes americanas. ‘Somos mais do que parceiros, quase tão inseparáveis quanto a família’, disse Volpe.
A ameaça de Trump de impor tarifas de importação de 25% sobre o Canadá, em razão do que ele considera a inação do governo canadense sobre a passagem da fronteira de imigrantes ilegais e de drogas, como o fentanil, que é um problema de saúde pública nos EUA, é uma resposta à postura ‘leniente’ da China em relação à exportação desse opióide. A China sofrerá com sobretaxa de 10% prometida por Trump, em resposta à sua postura.
A decisão de Trump vê uma coisa boa para os EUA, um fato que é confirmado por especialistas em comércio. ‘Não há dúvida de que ele está falando sério’, disse Edward Alden, especialista em comércio do Conselho de Relações Exteriores. ‘Isso está no topo da lista de promessas.’
A guerra comercial, iniciada por Trump, foi seguida pelo governo de Joe Biden, mas se estendeu a outros países. Qualquer forma de retaliação a ser feita contra os três países, porém, pode ter efeito bumerangue. Canadá, México e China venderam quase 1,5 trilhão de dólares em bens e serviços para os EUA no ano passado, mas compraram mais de 1 trilhão em exportações americanas.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo