Criados há 75 anos, os códigos de barras ajudaram a salvar vidas, foram para o espaço e alimentaram o medo do Anticristo, inicialmente em forma de pequenas armas a laser, em uma caixa que viria a ser conhecida como código de barras, nunca haviam sido usados comercialmente.
Naquele momento, a ideia de _código_ para facilitar as compras parecia visionária, especialmente em um supermercado. Paul McEnroe, funcionário da IBM, defendia a implantação de scanners no caixa e pequenas armas de laser, projetadas pela equipe em forma de pistola.
Em 1969, o conceito de _código_ para facilitar as compras parecia _código_ de futuro. Os lasers, projetados pela IBM, seriam usados para escanear _códigos_ em preto e branco nos produtos. A _solução_ parecia simples: aponte, dispare e complete a venda. Era uma visão extravagante, mas que se tornaria realidade anos depois. Com o avanço da tecnologia, os _códigos_ de barras se tornaram uma _solutção_ comum em supermercados, revolucionando a forma como as compras eram feitas. A _solutção_ de McEnroe era apenas o começo.
o nascimento do código de barras.
O código de barras, uma solução inovadora que revolucionou o processo de compra nos supermercados, nasceu de uma equipe de engenheiros determinados, liderados pelo visionário George Laurer. A ideia, embora tenha sido desenvolvida há décadas, nunca havia sido usada comercialmente até que os engenheiros da IBM decidiram dar vida aos códigos de barras em uma forma que os consumidores passariam rapidamente pelo caixa com lasers escaneando cada item que desejavam comprar. Mas os advogados da IBM tinham um problema com o futuro. ‘De jeito nenhum’, eles disseram, de acordo com McEnroe, engenheiro agora aposentado. Eles temiam um ‘suicídio a laser’.E se as pessoas ferissem intencionalmente seus olhos com os scanners e depois processassem a IBM? E se os funcionários dos supermercados ficassem cegos? Não, não, é um mero raio laser de meio miliwatt, McEnroe tentou explicar. Havia 12 mil vezes mais energia em uma lâmpada de 60 watts. Seus apelos não deram em nada.
um testemunho de resistência.
Ele recorreu então a macacos-rhesus importados da África, embora agora não se lembre de quantos. ‘Acho que foram seis’, diz ele. ‘Mas não posso assegurar.’ Depois que os testes em um laboratório próximo comprovaram que a exposição ao laser não prejudicava os olhos dos animais, os advogados cederam. Os macacos-rhesus importados da África, que haviam sido utilizados na pesquisa, viriam a ser um testemunho de resistência e determinação da equipe de McEnroe.
uma solução que conquistou o mundo.
E foi assim que a leitura de códigos de barras se tornou comum nos supermercados dos EUA e, por fim, no mundo todo. Em uma reviravolta inesperada, o laboratório usado por McEnroe disse posteriormente que enviaria os macacos para ele. ‘Foi uma loucura’, ele se lembra, rindo.’Arrumei um zoológico na Carolina do Norte.’ Além dos macacos, cada membro humano da equipe de McEnroe na IBM também merece crédito pelo Código Universal de Produtos (UPC, na sigla em inglês), como sua versão do código de barras ficou formalmente conhecida. Entre eles, estava Joe Woodland, o engenheiro que idealizou o conceito inicial dos códigos de barras décadas antes, depois de desenhar linhas na areia de uma praia.
um legado inovador.
Foi ele e outro engenheiro que fizeram o pedido para registrar a patente da ideia fundamental dos códigos de barras em outubro de 1949. Basicamente, George Laurer e outros membros da equipe da IBM pegaram esta proposta pré-existente de marcações no estilo de código de barras e a desenvolveram até chegar a um retângulo de linhas pretas verticais que correspondiam a um número que poderia identificar de maneira exclusiva qualquer item de supermercado que você possa imaginar. De latas de sopa a caixas de cereais ou pacotes de macarrão.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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