Senador com dinheiro na cueca aguarda análise de pedido de cassação que pode gerar representação para sua cassação. Presidente Lula envolvido no caso.
Essa semana, ao mencionar o caso do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, surge novamente a notícia sobre o senador Chico Rodrigues (PSB-RR), que ficou conhecido por ser flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil escondidos na cueca. A lembrança desse incidente entre os parlamentares do Congresso Nacional traz à tona questionamentos sobre a conduta daquele que foi investigado por tal ato, mesmo que as análises no Conselho de Ética ainda não tenham sido concluídas.
O senador Chico Rodrigues, envolvido no caso do dinheiro na cueca, ainda aguarda o desfecho da representação no Conselho de Ética. A situação vivida pelo parlamentar em 2020, quando era vice-líder do então presidente Jair Bolsonaro no Senado, permanece como uma marca em sua carreira política. A presença de Leonardo Rodrigues, o Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente, em seu gabinete naquela época, também foi um aspecto relevante no caso.
Chico Rodrigues: Demora na Análise do Caso no Conselho de Ética do Senado
Hoje, encontra-se filiado ao PSB, partido integrante da base de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O caso envolvendo o senador Chico Rodrigues tem gerado polêmica, pois mesmo com a mudança de legenda, a análise do episódio constrangedor pelo Conselho de Ética ainda não foi realizada.
Chama a atenção a falta de definição do relator que irá conduzir a representação com pedido de cassação do parlamentar. No Senado, as justificativas para a demora são diversas. Durante a pandemia de coronavírus, o Conselho de Ética não funcionou, o que postergou a instalação da representação contra o senador para junho de 2023. Além disso, o senador Renan Calheiros chegou a ser escolhido como relator, porém alegou motivos pessoais para não prosseguir com o processo.
Em meio a essa morosidade, o caso de Chico Rodrigues segue sem avanços desde junho do ano anterior. O presidente do Conselho de Ética, senador Jayme Campos, está organizando uma reunião para resolver não só o caso do senador, mas também outros processos pendentes. A escolha de um novo relator é apenas o início de um processo que promete ser longo, considerando as etapas que envolvem a colheita de depoimentos, a garantia de ampla defesa e possibilidade de recurso por parte de Chico Rodrigues.
Na esfera criminal, Chico Rodrigues enfrenta investigações da Polícia Federal desde 2021, relacionadas a um suposto esquema de desvio de verbas destinadas ao combate à pandemia em Roraima. O senador foi indiciado após ser flagrado escondendo dinheiro em suas roupas íntimas durante uma operação no estado.
Situação de Chico Rodrigues no Conselho de Ética e na Esfera Criminal
Na Câmara dos Deputados, o caso de Chico Rodrigues é citado como exemplo do que não deve ser tolerado. A base governista tem pressionado pela celeridade no pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão no Conselho de Ética, antes que o assunto seja esquecido. A prisão de Brazão em março deste ano, sob acusação de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, reforça a necessidade de ações rápidas e eficazes.
A expectativa é de que as representações contra Brazão sejam votadas ainda no primeiro semestre de 2024, mas até o momento não há um relator designado para o caso. A falta de definição dos responsáveis por conduzir esses processos deixa em aberto a possibilidade de que a justiça seja protelada, o que preocupa tanto parlamentares quanto a opinião pública.
A saga de Chico Rodrigues no âmbito político e legal continua, revelando as nuances e desafios enfrentados no processo de investigação e punição de parlamentares envolvidos em condutas inadequadas. A transparência e eficiência na condução desses casos são essenciais para a manutenção da integridade e credibilidade das instituições democráticas do país.
Fonte: @ CNN Brasil
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