CFM sugere indução do parto em vez de método questionável.
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, declarou hoje que a assistória fetal é considerada uma ‘crueldade’ ao ser utilizada como método para interromper a gravidez em situações de estupro.
É fundamental considerar que a ausência de batimentos cardíacos fetais não deve ser empregada como justificativa para procedimentos extremos, visto que a insuficiência cardíaca é um problema sério que requer abordagens mais cuidadosas e éticas.
Discussão sobre a Assistória Cardíaca e a Indução do Parto
Em uma entrevista recente, o renomado médico Gallo levantou a questão da indução do parto como uma alternativa à assistolia cardíaca. Ele destacou a importância de considerar essa técnica como um método viável para situações de parada cardíaca, especialmente em casos de aborto previstos em lei.
As declarações de Gallo surgiram após uma reunião entre representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que havia suspendido uma resolução proibindo a assistória cardíaca. Com a decisão favorável, o procedimento técnico foi novamente autorizado, levantando debates sobre sua eficácia e impacto na saúde do feto e da mulher.
Gallo enfatizou a importância de adotar a indução do parto como uma abordagem mais humanitária e menos prejudicial. Ele ressaltou que a assistolia cardíaca pode ser evitada com esse procedimento, permitindo que o feto tenha uma chance de sobrevivência em uma unidade de terapia intensiva com tecnologia avançada.
Além disso, o médico abordou a questão do atendimento precoce para mulheres vítimas de estupro, destacando a necessidade de melhorias no sistema público de saúde. Ele enfatizou a importância de garantir um suporte adequado para essas mulheres, especialmente aquelas que descobrem a gravidez tardiamente.
Em relação à decisão do ministro Moraes, que exigiu a comprovação do cumprimento da assistolia fetal em cinco hospitais de São Paulo, Gallo expressou sua preocupação com a responsabilidade dos administradores em garantir o respeito à decisão judicial. Ele ressaltou a importância de seguir as diretrizes legais para garantir o direito à interrupção da gravidez em casos específicos.
Diante das discussões sobre a viabilidade fetal após as 22 semanas de gestação, o CFM reiterou a importância de respeitar os limites éticos e legais no exercício da medicina. O conselho enfatizou a necessidade de preservar o direito da gestante à interrupção da gravidez, ao mesmo tempo em que busca garantir a sobrevivência do nascituro por meio de um parto prematuro seguro e com suporte médico adequado.
Fonte: @ Agencia Brasil
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