Boletim da Fiocruz mostra aumento de Covid, gripe, VSR e rinovírus; 90,9% das mortes foram por Sars-CoV-2.
Diante do cenário atual de aumento nos casos de síndromes respiratórias, é importante estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica ao menor sinal de desconforto respiratório. A prevenção e o diagnóstico precoce podem ser fundamentais para evitar complicações decorrentes das síndromes respiratórias.
Além das infecções respiratórias causadas por vírus sazonais, como o influenza, a circulação de novos vírus respiratórios torna o panorama da saúde respiratória ainda mais desafiador. O enfrentamento conjunto dessas ameaças é essencial para a garantia da saúde da população, sendo a conscientização sobre as medidas de higiene e distanciamento social uma das principais estratégias de controle.
Síndromes Respiratórias em Alta
O levantamento apontou que os episódios estão ligados ao Sars-CoV-2, causador Covid-19, influenza –responsável pela gripe –, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. O novo coronavírus apresentou crescimento nos estado do Centro-Sul do país, enquanto a gripe, principalmente influenza A, está em alta no Nordeste, Sudeste e Sul.
De acordo com a Fiocruz, o incremento nas regiões Sul e Sudeste é alavancado pela presença de Covid-19 e gripe. ‘Infelizmente, a gente está enfrentando um aumento nas internações associadas a essas infecções respiratórias em praticamente todo o país.
O VSR é o que está mais espalhado nesse momento entre as crianças pequenas e temos o rinovírus em crianças e pré-adolescentes’, explica Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (Procc/Fiocruz) e coordenador do Boletim InfoGripe. O boletim tem dados do período de 3 a 9 de março inseridos no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 11 de março.
Impacto das Infecções Respiratórias
Mortes por vírus respiratórios Segundo a Fiocruz, dos 725 óbitos por SRAG com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório em 2024, 5,2% foram por influenza A, 0,3% por influenza B, 1,2% por VSR e 90,9% por Sars-CoV-2 (Covid-19).
Sobre a prevenção, Gomes afirma que pessoas com sintomas respiratórios devem evitar ter contato com outros indivíduos e usar máscaras ao sair de casa. ‘Em relação à Covid e à gripe, a vacina tem de estar em dia’, completa.
Vacinação em Foco
Vacinação contra a Covid A nova estratégia de vacinação contra a Covid-19, com a incorporação do imunizante no Programa Nacional de Imunizações (PNI), entrou em vigor em janeiro deste ano e tem como foco as crianças de 6 meses a menores de cinco anos e grupos prioritários, como idosos e imunossuprimidos.
Também serão ofertadas doses para a atualização da caderneta de vacinação de pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal e estão com doses em atraso. A mobilização prevê doses semestrais para pessoas com 60 anos ou mais, imunocomprometidos, grávidas e puérperas.
Calendário de Vacinação
O calendário será anual para os demais grupos prioritários: profissionais e pessoas que vivem em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua.
Vacinação contra a gripe No fim do mês passado, o Ministério da Saúde anunciou que a campanha de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe, foi antecipada para março neste ano. Normalmente, o mutirão ocorre entre os meses de abril e maio, mas terá início no próximo dia 25. As doses serão distribuídas para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Na região Norte, a imunização ocorrerá no segundo semestre, período com mais episódios de infecções em virtude do ‘inverno amazônico’.
Fonte: @ Veja Abril
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