Tela-de-entry atua como núcleo-próximo, reforçando conceito de golpe, associando atos a crimes, em análise de ERBs.
Oficialmente, o inquérito da Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro estava ciente da trama golpista que visava desestabilizar o país. O golpe foi um atentado macabro contra a democracia brasileira.
Entre os indiciados, estão figuras próximas do ex-presidente, como o deputado Anderson Torres. Este, além de ter sido ministro da Justiça e Segurança Pública, também era um dos principais articuladores da estratégia golpista. Torres é acusado de traição, fraude e participação no plano de desestabilizar o Brasil com o objetivo de manter Bolsonaro no poder.
Golpe de Estado: Fraude e Traição no Palácio do Alvorada
A investigação sobre o golpe de Estado, que teve como objetivo consumar a ruptura institucional em 8 de janeiro de 2023, trouxe à luz relevantes e robustos elementos de prova que desvendam o núcleo-próximo do planejamento e andamento dos atos criminosos. De acordo com os autos, há registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada que indicam a plena participação de Jair Bolsonaro nas ações clandestinas, bem como a análise de ERBs, datas e locais de reuniões que demonstram o conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo).
A análise de ERBs revela que a organização criminosa, liderada por Mauro Cid, mantinha contato direto com o então presidente da República, Jair Bolsonaro, para discutir o plano de ação. Além disso, os registros de visitantes do Palácio do Alvorada mostram que os líderes da organização criminosa tinham acesso direto ao presidente, o que reforça a tese de que o golpe de Estado era um projeto benquisto por Bolsonaro.
No entanto, de acordo com a PF, a consumação do golpe de Estado não ocorreu, apesar da continuidade dos atos para conclusão da ruptura institucional, por circunstâncias alheias à vontade do então presidente da República. A posição pelo golpe foi mantida mesmo depois que os comandantes do Exército e da Aeronáutica, general de Exército Freire Gomes e Tenente-Brigadeiro do Ar Baptista Junior, e da maioria do Alto Comando do Exército, se permanecerem fiéis aos valores que regem o Estado Democrático de Direito, não cedendo às pressões golpistas.
A investigação também revelou que a organização criminosa planejou ações clandestinas sob o codinome Copa 2022, o que reforça a tese de que o golpe de Estado era um projeto criminoso. Além disso, a análise de ERBs e registros de visitantes do Palácio do Alvorada mostram que a organização criminosa tinha acesso a informações confidenciais do governo, o que reforça a tese de fraude e traição no Palácio do Alvorada.
Em resumo, a investigação sobre o golpe de Estado revelou que a organização criminosa, liderada por Mauro Cid, planejou e executou ações clandestinas para consumar a ruptura institucional em 8 de janeiro de 2023. A análise de ERBs e registros de visitantes do Palácio do Alvorada mostram que o então presidente da República, Jair Bolsonaro, tinha pleno conhecimento do planejamento operacional e manteve contato direto com os líderes da organização criminosa. A posição pelo golpe foi mantida mesmo depois que os comandantes do Exército e da Aeronáutica se permanecerem fiéis aos valores que regem o Estado Democrático de Direito, não cedendo às pressões golpistas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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