Mineiro, Eustáquio Araújo “Takão” comandou o time de futsal nos títulos mundiais de 1992 e 1996 da Copa do Mundo de Futsal da FIFA.
No cenário do Futsal, o Brasil se destacou como um dos principais expoentes da modalidade, conquistando cinco títulos mundiais da FIFA. Nesse período de grande sucesso, o comandante da equipe, Eustáquio Araújo ‘Takão‘, dividia seu tempo entre a prática odontológica e a paixão pelo Futsal, que o levava a passar horas nas quadras.
Essa paixão pelo Futsal, também conhecido como Futebol de Salão, permitiu que o Brasil se consolidasse como uma potência no esporte, superando times de outros países que também tinham tradição no Futebol. Com a liderança de ‘Takão‘, a equipe brasileira conquistou títulos importantes e se tornou sinônimo de sucesso no Futsal. A habilidade e a estratégia foram fundamentais para o sucesso da equipe. A paixão pelo esporte foi o motor que impulsionou a equipe a conquistar os títulos.
O Legado de Takão no Futsal
A seleção brasileira de Futsal conquistou duas Copas do Mundo sob a liderança de um dentista/técnico inovador: Takão. Em 1992, no Hong Kong, e em 1996, na Espanha, o Brasil se sagrou campeão, estabelecendo um legado no esporte. Agora, em busca do hexa, a equipe estreia contra Cuba no Mundial da FIFA de Futsal de 2024, no Uzbequistão.
Takão, que comandou a seleção brasileira de Futsal por mais de 10 anos, relembra as boas histórias da época em que se aventurou no esporte de alto rendimento. ‘Se você tem atletas bons e disciplinados, é só você não fazer burrice’, afirma o técnico. Com uma carreira marcada por conquistas, Takão conciliou sua profissão de dentista com sua paixão pelo Futebol de Salão.
A Jornada de Takão no Futsal
Desde que se formou em Odontologia, no fim da década de 1960, Takão gostava de praticar e acompanhar esportes. Como apresentava boa capacidade de liderança, treinava o Arsenal, time de Futsal do Colégio Santo Antônio, em Belo Horizonte. No início da década de 1980, concluiu estudos de especialização em ortodontia nos EUA e começou carreira acadêmica na área, simultaneamente, virou treinador de Futsal do Minas Tênis Clube.
Foi no comando do Minas, em um torneio disputado em São Paulo, que Takão foi abordado pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) para assumir o comando da Seleção. ‘Liguei para a minha mulher e falei: Tereza, o que eu faço? Me convidaram para ser técnico da seleção. Vou falar que não vou.’ A resposta da esposa foi decisiva: ‘Sempre te dei a maior força para largar, mas agora que chega o filé mignon, você vai largar?’ De jeito algum! Você vai aceitar’.
Condições para Aceitar o Desafio
Para aceitar a proposta, Takão estabeleceu algumas condições. Ele conta que precisou da ajuda de familiares para manter o consultório na ativa em momentos de ausência e foi bem direto com os diretores da CBFS. ‘Eu não sou treinador, sou dentista e professor de ortodontia. A minha profissão é essa. Eu só aceitei a seleção diante de um planejamento prévio de calendário. A diretoria da Confederação me informava com pelo menos três meses de antecedência todos os eventos que a gente teria. A parte de treinamento foi toda para Belo Horizonte, então não me atrapalhava em nada.’
O acordo de Takão com a Confederação Brasileira de Futebol de Salão não previa o pagamento de salários. Isso porque o próprio técnico combinou com os diretores da CBFS que não teria remuneração. ‘Não quero ganhar nenhum centavo, não’, disse Takão. Com essa abordagem, Takão se tornou um dos técnicos mais bem-sucedidos da história do Futsal brasileiro.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo