Universidade de Chicago Press identificou que colocar a geração dos baby boomers em pior situação econômica é enganoso. Período de crescimento econômico sem precedentes induziu programas governamentais a transferir bilhões para setor privado, trabalhadores apostados na hora certa agora correm risco de pagar mais da aposentadoria e estudos apontam discrepâncias. (148 caracteres)
A geração dos baby boomers e a dos millennials são comumente vistas como opostos geracionais: uma foi favorecida por um período de crescimento econômico sem precedentes e por políticas governamentais que transferiram bilhões do setor público para o privado, enriquecendo trabalhadores que, por acaso, estavam no lugar certo, na hora certa.
Enquanto os baby boomers nasceram entre 1946 e 1964, as pessoas dessa geração testemunharam e contribuíram para mudanças significativas em várias esferas da sociedade. Mesmo assim, a dinâmica social e econômica de sua época impactou as gerações seguintes de forma distinta, moldando as perspectivas e experiências contemporâneas. A diversidade de experiências entre as gerações reforça a importância de entender e apreciar a história e as contribuições de cada uma delas.
A Diversidade Financeira nas Gerações
Enquanto muitas pessoas acreditam que os millennials são a primeira geração a enfrentar dificuldades financeiras em comparação com seus pais, uma nova pesquisa sugere que as diferenças de situação econômica são mais intrageracionais do que intergeracionais. Os custos de habitação, saúde, educação e outros dispararam, deixando os jovens lutando para acompanhar, muitas vezes incapazes de adquirir bens como uma casa própria ou acumular riqueza.
Os membros mais antigos dos baby boomers, atualmente entre 59 e 78 anos, ingressaram no mercado de trabalho durante períodos de crescimento econômico sem precedentes, beneficiando-se de programas governamentais que transferiram bilhões do setor público para o privado. Por outro lado, os millennials enfrentaram desafios significativos, entrando no mercado de trabalho durante a Grande Recessão e enfrentando o risco de ter que arcar com mais despesas de aposentadoria do que as gerações anteriores.
A pesquisa da University of Chicago Press destaca que os millennials não são os únicos em apuros financeiros. Ao analisar a situação dos baby boomers, os pesquisadores descobriram uma gama mais ampla de resultados econômicos. Embora em média os millennials possuam 30% menos riqueza aos 35 anos do que os boomers na mesma faixa etária, os 10% mais ricos da geração mais jovem superam os 10% mais ricos dos boomers.
Os baby boomers mais jovens, agora na casa dos 60 anos, também enfrentaram desafios significativos em sua jornada financeira, lidando com condições econômicas instáveis e adversas no mercado de trabalho. Além disso, a transição para custear a própria aposentadoria, muitas vezes movendo-se dos benefícios de pensão para planos de contribuição definida, teve um impacto crucial em suas finanças.
Os dados do Federal Reserve indicam disparidades na distribuição de riqueza dentro dos baby boomers. Enquanto os mais velhos detêm uma parcela significativa da riqueza nacional, os boomers tardios, nascidos entre 1958 e 1964, mostram níveis surpreendentemente baixos de riqueza na aposentadoria em comparação com gerações anteriores, influenciados por mudanças estruturais no sistema de previdência e os efeitos da Grande Recessão em suas economias pessoais.
Em última análise, a situação financeira dos baby boomers ilustra uma realidade complexa e variada dentro da geração, revelando que, assim como os millennials, há diferentes níveis de estabilidade financeira e preparação para a aposentadoria dentro do grupo etário. As nuances presentes nas pesquisas refletem a importância de considerar individualmente os desafios e conquistas de cada pessoa, independentemente da época em que nasceram.
Fonte: @ Info Money
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