O Ministério Público do Trabalho em São Paulo recebeu notícia de fato sobre violações trabalhistas na Rede Brasil, braço da ONU, e sua agenda de desenvolvimento sustentável, uma porta-voz dos denunciantes.
No âmbito do Ministério Público do Trabalho, em São Paulo registrou-se uma notícia de fato objetivando apurar supostas violações trabalhistas cometidas na Rede Brasil Pacto Global. Esta última é uma entidade afiliada à Organização das Nações Unidas, responsável por mobilizar a agenda de desenvolvimento sustentável entre empresas.
O assédio moral é uma das questões mais relevantes em decorrência da notícia de fato. Disse o portal UOL, tratando-se de casos de assédio moral, que demonstram a necessidade de a Rede Brasil Pacto Global adotar medidas mais eficazes para combater esse problema. Além disso, é crucial apurar outras violações trabalhistas cometidas nas empresas. Nesse sentido, uma investigação rigorosa pode ajudar a esclarecer os fatos e fornecer orientações visando evitar situações semelhantes no trabalho.
Assédio no Trabalho: Denúncias Contra Diretores do Pacto Global da ONU
Doze trabalhadores do Pacto Global da ONU, uma organização que visa promover o desenvolvimento sustentável, denunciaram violações trabalhistas cometidas pelos atuais CEO e CSO, Carlo Pereira e Otávio Toledo, respectivamente. A notificação foi apresentada ao MPT-SP, que investiga essas denúncias. A ONU Brasil informou que enviou essas denúncias para a matriz da organização em Nova York, nos Estados Unidos, para que sejam tratadas com urgência.
De acordo com a reportagem, os denunciantes relataram que os diretores empregam táticas de assédio moral no trabalho, incluindo ordens gritadas, humilhações públicas e jornadas de trabalho excessivas. Os principais denunciantes são mulheres, e alguns casos relatam que os diretores agiram de forma agressiva, como em um caso em que Pereira teria batido em uma mesa e repreendido uma colega. Toledo teria chamado as colegas de ‘incompetentes’, ‘imaturas’ e ‘burras’, e desautorizado uma delas porque ‘só diz bosta’.
Os empregados registraram reclamações sobre os dois diretores no departamento de recursos humanos e no site do Pacto Global da ONU desde 2022, mas algumas delas foram arquivadas após uma apuração interna da organização. O CEO teria ironizado publicamente as queixas, que deveriam estar sob sigilo.
A porta-voz dos denunciantes, a advogada Juliana Bertholdi, disse que eles ainda trabalham em prol da agenda do Pacto Global por considerá-la essencial para promover transformações sociais. Carlo Pereira e Otávio Toledo negaram as práticas abusivas, afirmando que sua conduta sempre esteve alinhada aos valores que defendem.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a ONU Brasil estão agora investigando essas denúncias, e a ONU Brasil informou ter direcionado denúncias internas à matriz do Pacto Global, em Nova York. A entidade-sede disse tratar do caso brasileiro com máxima urgência.
Fonte: © Conjur
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